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LEILA X TEXTOR

Leila Pereira rechaça possível contato com Textor e descarta ida ao Rio ver duelo com Botafogo

Decisão não tem a ver com segurança, mas com vontade de evitar relação com o empresário e deixar o protagonismo para dentro de campo

16 julho 2024 - 17h15Agência Estado
Leila Pereira, presidente do Palmeiras, quer evitar contato com John Textor, dono da SAF do Botafogo
Leila Pereira, presidente do Palmeiras, quer evitar contato com John Textor, dono da SAF do Botafogo - (Foto: Wilton Junior/Estadão)

Leila Pereira não irá ao Nilton Santos, onde jogam Botafogo e Palmeiras, nesta quarta-feira, pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro. O motivo é que a presidente palmeirense quer evitar qualquer contato com o dono da SAF do clube carioca, John Textor. Os dois vêm protagonizando uma troca de farpas nos últimos meses, após o norte-americano levantar suspeitas de manipulação de resultados.

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Enquanto Textor afirma que a equipe paulista foi beneficiada por manipulações de resultados, Leila Pereira retrucou chamando-o de "idiota" e propôs que ele fosse banido do futebol, em depoimento à CPI da Manipulação de Resultados, no Senado Federal. Circulou a informação de que Leila não iria à partida desta quarta-feira por sentir que não haveria segurança para ela. Entretanto, conforme o Estadão apurou junto a uma fonte do Palmeiras, o objetivo de não viajar é apenas evitar contato com Textor.

O entendimento da mandatária é de que "não faz sentido" ir ao Nilton Santos, já que não pretende estreitar a relações institucionais entre os clubes. Tampouco há intenção de debater o conflito dos últimos meses, uma vez que ela já falou publicamente sobre o tema.

Há, ainda, o objetivo de que o foco não seja desviado para uma disputa fora do campo. Leila quer que o futebol seja o protagonista do confronto e não o conflito entre ela e Textor.

Em novembro do ano passado, o Palmeiras bateu o Botafogo por 4 a 3, em uma virada histórica conduzida por Endrick e que levou o time paulista ao título do Campeonato Brasileiro após rodadas de liderança do clube carioca. Ao final da partida, Textor invadiu o campo e fez acusações contra à arbitragem e à CBF.

A partir de então, o norte-americano começou a citar supostas manipulações de resultados que teriam beneficiado o Palmeiras em 2022 e 2023. O clube alviverde venceu o Brasileirão nos dois anos. As provas, contudo, demoraram a ser apresentadas, tanto à Polícia Civil, quanto ao STJD.

Botafogo abriu 3 a 0 em novembro do ano passado, mas tomou a virada do Palmeiras, no RioBotafogo abriu 3 a 0 em novembro do ano passado, mas tomou a virada do Palmeiras, no Rio - (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Os documentos tratavam-se de um relatório encomendado por Textor junto à empresa Good Game!. O STJD considerou que o material é "imprestável" para averiguar as manipulações apontadas. Além do Palmeiras, são citados São Paulo, Flamengo, Grêmio, Atlético-MG e Bahia, oito jogadores e nove árbitros.

Após falas públicas de Leila contra as acusações, inclusive chamando Textor de "idiota", ele afirmou que a processaria por calúnia e difamação. Para isso, o empresário contratou Paul Tuchmann, ex-promotor responsável pelo julgamento do Fifagate, para liderar o caso nos Estados Unidos.

O confronto desta quarta-feira é o primeiro entre os clubes em 2024 e a primeira partida desde aquele 4 a 3, no fim do ano passado. Os dois times ainda se enfrentarão no segundo turno do Brasileirão e cruzam entre si nas oitavas de final da Libertadores, em agosto.

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