
A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, aproveitou reunião na sede da CBF nesta segunda-feira (11) para reforçar seu apoio à adoção do fair play financeiro no futebol brasileiro e disparar críticas a clubes endividados. Sem citar nomes, mas com indiretas direcionadas a rivais como o Corinthians, a dirigente disse considerar “imoral” que equipes que não cumprem suas obrigações financeiras consigam eliminar times que pagam em dia.

— Concordo com a ideia de alguns presidentes de que clubes que compram jogadores e não pagam não podem contratar novamente — afirmou Leila. Recentemente, o presidente do Cuiabá acusou o Corinthians de não quitar a compra do volante Raniele, e o Flamengo fez queixa semelhante ao Internacional pela negociação do meio-campista Thiago Maia.
A dirigente relembrou que o Palmeiras mantém todos os pagamentos em dia e lamentou ser prejudicado por clubes inadimplentes. — O Palmeiras é um clube que paga rigorosamente em dia clubes, profissionais, atletas. Às vezes, somos desclassificados por clubes que não pagam absolutamente ninguém. É imoral — disse.
Debate sobre liga única e receitas
Defensora da criação de uma liga única para organizar o futebol nacional, Leila reforçou que, antes de discutir divisão de receitas, é preciso resolver a inadimplência. — Não vou dividir o bolo com clubes inadimplentes. A primeira coisa que precisa ser feita para se pensar na Libra é resolver esse problema — cravou.
A presidente também deixou claro que não vê problema em clubes com alta receita investirem no próprio elenco, desde que respeitem sua capacidade de pagamento. — Fair play não é sobre impedir quem tem receita de gastar. É sobre não permitir que quem não tem receita para bancar suas despesas continue gastando sem medo de ser feliz — afirmou.
Para Leila, competições mais equilibradas virão com responsabilidade financeira. — A partir do momento em que for implementado um fair play financeiro, onde cada clube cumpra seus compromissos, teremos um campeonato mais igualitário. Isso valoriza o futebol brasileiro, não tenho dúvida — concluiu.
