
A visita surpresa de Lionel Messi ao Camp Nou no último domingo (9) causou alvoroço entre torcedores e pegou até mesmo a diretoria do Barcelona de surpresa. Entre os que não esperavam o retorno do argentino estava o presidente Joan Laporta, figura central no conturbado adeus do camisa 10 ao clube em 2021.
Messi, que hoje defende o Inter Miami, publicou fotos no estádio e escreveu que gostaria de “poder retornar” ao clube onde fez história. O gesto reabriu especulações sobre uma possível volta, mas Laporta foi direto ao negar qualquer plano de reintegração como atleta. “As especulações sobre um retorno não procedem”, afirmou em entrevista à rádio Catalunya, nesta quarta-feira (12).

Messi visitou o Camp Nou no último domingo (9) e expressou desejo de voltar
Laporta disse que não chegou a encontrar Messi durante a visita e revelou que sequer sabia que ele passaria pelo estádio, o que reflete o distanciamento entre os dois desde a saída do jogador. Apesar disso, o dirigente indicou o desejo de prestar uma homenagem à altura do ídolo argentino na reabertura do Camp Nou, prevista para o fim das reformas.
“Seria uma bela maneira de reinaugurar o estádio, com uma partida especial em homenagem a Leo Messi e casa cheia. Ele merece isso”, declarou o presidente, que voltou a defender a decisão tomada em 2021. “Não me arrependo. A instituição Barcelona está acima de tudo. Gostaria que o final tivesse sido diferente, mas fizemos o que foi possível diante das limitações.”
A saída em 2021 e os bastidores do rompimento - Messi deixou o Barcelona em agosto de 2021 após 17 temporadas. O clube alegou “obstáculos econômicos e estruturais”, em referência ao rígido controle financeiro imposto pela La Liga, que impedia a renovação nos moldes pretendidos. O jogador chegou a aceitar uma redução salarial, mas o acordo acabou desfeito, e ele se transferiu para o Paris Saint-Germain.
A separação deixou marcas. Laporta se tornou alvo de críticas de torcedores e parte da imprensa catalã, que consideraram a gestão falha ao não encontrar alternativas para manter o maior ídolo da história recente do clube.
Agora, com Messi fora da elite europeia e atuando nos Estados Unidos, uma volta ao Barça como atleta parece descartada, mas um jogo de despedida ganha força como possibilidade concreta para encerrar a relação de forma menos traumática.

