Gabriel Bortoleto, de 20 anos, vive sua primeira temporada na Fórmula 1 como piloto da equipe Sauber e já começa a atrair holofotes não apenas pelas pistas, mas também pelas conexões com outros talentos do esporte brasileiro. Em uma entrevista descontraída ao site oficial da Fórmula 1, o paulista mostrou respeito e admiração pelo tenista João Fonseca, de 18 anos, que também está em seu primeiro ano no circuito profissional da ATP.
Ao ser questionado sobre qual profissão seguiria se não fosse piloto, Bortoleto respondeu, sem hesitar: “Gostaria de ser tenista”. A escolha não é por acaso. Ele acompanha de perto o desempenho do carioca João Fonseca, atual 54º colocado no ranking mundial. “Admiro um brasileiro, o João Fonseca. Ele é incrível. Está subindo no ranking da ATP e acho que ele será uma futura estrela”, declarou o piloto.
Apesar do interesse, Bortoleto reconhece que seu talento com a raquete ainda está longe de ser competitivo. “O tênis é fascinante, adoro assistir, gosto da mentalidade dos jogadores e tudo mais. Vejo como eles são bons, mas não jogo com frequência. Jogo muito padel, mas não tênis. Preciso começar a jogar de verdade”, comentou, rindo.
Olhar no futuro e raízes no passado - Com uma postura decidida, Bortoleto também compartilhou seu maior objetivo na carreira: “Gostaria de ser campeão mundial”, afirmou. “Aqui estão os melhores pilotos do mundo, então também é um objetivo para mim tentar um dia me tornar o melhor. Para isso, você precisa lutar contra esses pilotos. Acredito que essa foi uma das razões pelas quais eu sempre quis estar na Fórmula 1”.
Filho de São Paulo, Bortoleto começou no kart ainda criança, aos 6 anos. Ao longo da entrevista, falou com entusiasmo sobre o chefe da equipe, Mattia Binotto, responsável pela parte técnica e operacional da Sauber, e reforçou a inspiração que sempre teve em Ayrton Senna.
Na convivência diária da Fórmula 1, o brasileiro revelou ter laços próximos com nomes de peso. Segundo ele, Max Verstappen, tetracampeão mundial, é seu melhor amigo no paddock. “Max e (Ollie) Bearman são os dois caras de quem sou mais próximo, com quem falo e vejo com frequência”, contou.
Essa amizade surgiu fora das pistas, durante partidas de videogame e simulador. “Comecei a jogar muito com o Max, e depois também simulador, quando ainda estava na Fórmula 3. No começo da temporada da F3, começamos a treinar juntos. Temos um grupo de amigos com quem jogamos e fazemos simulador. Sou o embaixador da equipe dele, a Team Redline. Foi assim que tudo começou, e desde então, passamos muito tempo juntos jogando. Tem sido muito divertido”, completou.
