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Ontem (5), após o falecimento de sua irmã, Maria Roza de Oliveira, 81, o presidente afastado da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul, Francisco Cezário de Oliveira, passou mal no Presídio Militar. Ele foi então transferido para o Hospital da Cassems, em Campo Grande. Francisco Cezário foi preso durante a Operação Cartão Vermelho, que investiga um suposto desvio de R$ 6 milhões.

Segundo seu advogado de defesa, André Borges, o Cezário sofreu um princípio de infarto. De acordo com o boletim médico, ele será submetido a um cateterismo na manhã desta quinta-feira (6).
Cezário teve dois pedidos de habeas corpus negados pela Justiça. O primeiro foi rejeitado pelo juiz Eduardo Eugênio Siravegna Júnior, da 2ª Vara Criminal de Campo Grande. Em seu despacho, o magistrado afirmou que a medida cautelar de encarceramento do decano do futebol é necessária para garantir a ordem pública e a instrução penal.
O segundo pedido foi negado pela desembargadora Elizabete Anache, relatora da Operação Cartão Vermelho no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. Ela indeferiu a liminar, e agora a 1ª Câmara Criminal analisará o mérito do pedido. Esta turma, conhecida por ser a mais garantista da corte, tem historicamente concedido habeas corpus aos envolvidos em escândalos de corrupção.
Maria Roza, irmã de Cezário, estava acamada desde que sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) e teve seu quadro de saúde agravado após a prisão do irmão. Ela estava internada no Hospital El Kadri quando faleceu ontem.
Francisco Cezário é acusado de desviar dinheiro da FFMS, repassado pela Fundesporte (Fundação de Desporto de Mato Grosso do Sul) e pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Durante os 20 meses de investigação, o Gaeco comprovou a transferência de dinheiro para a conta de Cezário e de seus sobrinhos.
Este não é o primeiro caso de infarto no presídio. O vereador Valter Brito da Silva (PSDB), de Amambai, conseguiu um habeas corpus concedido pelo TJMS após sofrer um princípio de infarto na cadeia e ser transferido para o Hospital da Cassems. Réu na Operação Laços Ocultos, que investigou o desvio milionário na prefeitura de Amambai, o tucano cumpre prisão domiciliar em seu sítio na cidade.
