
Presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista (Bap), reafirmou que o clube não deixará a Liga do Futebol Brasileiro (Libra) e rebateu a declaração da mandatária do Palmeiras, Leila Pereira, que sugeriu que o time carioca “deveria jogar sozinho” caso não concordasse com a divisão de direitos de transmissão.

Segundo Bap, a ideia de o Flamengo atuar isoladamente é absurda: “Se o Flamengo jogasse sozinho, o dinheiro que sobraria para os outros seria muito pouco. Para as outras 19 torcidas seria um desgosto profundo”.
O presidente ressaltou ainda que, nos últimos nove meses, o clube buscou um acordo com a Libra sem sucesso: “Espero que os outros clubes tenham bom senso e reconheçam a relevância do Flamengo. Queremos olhar para frente, mas depende deles.”
A disputa entre o Flamengo e a Libra se intensificou após uma liminar da Justiça do Rio impedir o pagamento de R$ 77 milhões da Globo aos demais clubes do bloco. Esses valores correspondem à segunda parcela do Campeonato Brasileiro de 2025; a primeira, de R$ 76,6 milhões, já havia sido paga. Restam ainda mais duas parcelas previstas no contrato da Libra com a Globo, vigente até 2029, que prevê R$ 1,17 bilhão anuais, além de variação de receita com o pay-per-view Première.
A polêmica gira em torno dos 30% da divisão de receita baseada em audiência. Enquanto os demais clubes defendem um cálculo simples proporcional à audiência, o Flamengo alega que a divisão deve levar em conta a contribuição de cada plataforma (TV aberta, TV fechada e streaming). Até o momento, essa metodologia não foi definida, gerando impasse.
A Libra é composta por Atlético-MG, Bahia, Brusque, Ferroviária, Flamengo, Grêmio, Guarani, Palmeiras, Paysandu, Red Bull Bragantino, Remo, Santos, São Paulo e Volta Redonda. O Vitória deixou o bloco e assinou com a Liga Forte União, mas a mudança terá efeito apenas a partir de 2030, na próxima rodada de negociações de direitos de transmissão.
