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Sábado, fim de março, quase 50 mil pessoas no Maracanã. O Campeonato Brasileiro começava ali, no encontro entre os campeões estaduais do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul. As duas equipes — uma embalada por uma campanha invicta no Estadual, outra em reconstrução — protagonizaram uma partida que oscilou entre o controle carioca e a eficiência gaúcha. O resultado, 1 a 1, foi reflexo da soma entre defesas decisivas, erros de finalização e um equilíbrio que marcou a estreia.

O time da casa teve mais posse, volume ofensivo e presença no campo adversário. Mas não conseguiu traduzir essa superioridade em gols. O time visitante, por sua vez, foi pragmático: encontrou um gol em sua primeira chegada ao ataque e defendeu-se com organização. Houve chances de ambos os lados, mas as redes balançaram apenas duas vezes: uma em cada tempo.
A equipe carioca começou melhor. A movimentação pelas pontas com os atacantes e o entrosamento entre laterais e meio-campistas garantiam intensidade. A primeira metade do jogo ficou marcada por duas defesas importantes do goleiro visitante, ambas em finalizações próximas à meta. O camisa 9 da equipe mandante teve a chance mais clara: uma cabeçada à queima-roupa, defendida com elasticidade.
Mas o futebol, por vezes, se decide em pequenas brechas. E foi numa dessas que o time visitante abriu o placar. O lateral-esquerdo cruzou com precisão e o volante apareceu na área para concluir com firmeza, no canto. O gol saiu aos 33 minutos e foi o único remate certo dos visitantes na etapa inicial.
A desvantagem no placar aumentou a pressão do time da casa, que passou a rondar ainda mais a área adversária. Sem conseguir transformar a intensidade em gols, desceu para o intervalo com mais posse, mais volume, mas atrás no marcador.
Na volta do segundo tempo, uma troca de goleiros chamou atenção: o titular gaúcho, destaque da etapa inicial, foi substituído por lesão. O reserva assumiu a meta justamente no momento de maior pressão ofensiva do adversário. O empate veio cedo: aos oito minutos, após escanteio e bate-rebate na área, o zagueiro aproveitou a sobra para finalizar e empatar o jogo.
A partir daí, o jogo se manteve em ritmo alto, mas com mudanças de estratégia. O time da casa aumentou ainda mais sua presença ofensiva, com substituições que colocaram mais velocidade pelos lados do campo. Já os visitantes se fecharam atrás da linha da bola, buscando resistir e segurar o empate.
O domínio territorial da equipe mandante não foi suficiente. Faltou precisão nas conclusões. Foram diversas tentativas — chutes de fora da área, cruzamentos, jogadas individuais —, mas poucas delas exigiram defesas difíceis do goleiro reserva.
Do lado gaúcho, a estratégia passou a ser a contenção. Nos minutos finais, o jogo se resumiu à insistência ofensiva de um lado contra a resistência do outro. Nenhuma das propostas produziu efeito no placar. E, assim, com um gol para cada lado, os dois times saíram com um ponto e a sensação de que ainda há muito a ajustar nas rodadas seguintes.
O time carioca volta a campo no próximo domingo, fora de casa, contra o Grêmio, em Porto Alegre. O time gaúcho, por sua vez, viaja ao nordeste para enfrentar o Fortaleza no Castelão. Ambos terão uma semana para refletir sobre os erros e acertos da primeira rodada.
FICHA TÉCNICA:
FLAMENGO 1 X 1 INTERNACIONAL
FLAMENGO - Rossi; Wesley, Léo Ortiz, Léo Pereira (Ayrton Lucas) e Alex Sandro; Erick Pulgar, De la Cruz e Luiz Araújo (Plata); Bruno Henrique, Juninho (Matheus Gonçalves) e Michael (Everton Cebolinha). Técnico: Filipe Luís.
INTERNACIONAL - Rochet (Anthoni); Aguirre, Vitão, Juninho e Bernabéi; Fernando, Bruno Henrique (Ronaldo) e Alan Patrick; Vitinho (Carbonero), Borré (Valencia) e Wesley (Thiago Maia). Técnico: Roger Machado.
GOLS - Bruno Henrique, aos 33 minutos do primeiro tempo e Léo Pereira, aos 8 do segundo.
CARTÕES AMARELOS - Erick Pulgar e De la Cruz, (Flamengo); Vitinho (Internacional).
ÁRBITRO - Davi de Oliveira Lacerda (ES).
RENDA - não divulgada.
PÚBLICO - 48.452 pagantes.
LOCAL - Estádio do Maracanã, no Rio (RJ).
