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12 de dezembro de 2025 - 13h06
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COPA 2026

Ingressos da Copa de 2026 disparam e torcedores acusam Fifa de "traição"

Valores divulgados após sorteio dos grupos chegam a R$ 47 mil na final e geram reação de entidades de torcedores na Europa

12 dezembro 2025 - 11h00Redação
Torcedores criticam os altos preços dos ingressos divulgados pela Fifa para a Copa do Mundo de 2026
Torcedores criticam os altos preços dos ingressos divulgados pela Fifa para a Copa do Mundo de 2026 - (Foto: Tânia Rêgo/EBC)

A divulgação atualizada dos preços dos ingressos para a Copa do Mundo de 2026 provocou forte reação entre torcedores e entidades representativas. Após o sorteio dos grupos, realizado na última sexta-feira, a Fifa confirmou valores que ficaram muito acima do que havia sido prometido inicialmente, alimentando acusações de “traição” à tradição do torneio.

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A Copa de 2026 será disputada nos Estados Unidos, no México e no Canadá. Pela regra da Fifa, 8% dos ingressos são destinados às federações nacionais, que ficam responsáveis por repassar as entradas aos torcedores mais fiéis. Foi justamente nesse lote que surgiram os números que acirraram a insatisfação.

Uma lista divulgada pela Federação Alemã de Futebol aponta que os ingressos para jogos da fase de grupos variam entre R$ 976 e R$ 3.796, dependendo da partida. Já para a grande final, os valores são ainda mais elevados: o bilhete mais barato custa cerca de R$ 22 mil, enquanto o mais caro pode chegar a R$ 47 mil.

Os preços destoam do discurso adotado pela própria Fifa e por dirigentes norte-americanos durante a candidatura do país para sediar o Mundial. À época, a entidade chegou a afirmar que haveria ingressos a partir de R$ 325, e representantes do futebol dos Estados Unidos chegaram a mencionar entradas na faixa de R$ 113 para jogos da fase inicial.

A organização Football Supporters Europe (FSE), que representa torcedores de diversos países, classificou os valores como “extorsivos”. Segundo a entidade, fãs que optarem por acompanhar todas as partidas nos estádios, por meio da cota de associação de membros participantes — que já trabalha com preços fixos — podem desembolsar até R$ 44 mil. O montante seria cerca de cinco vezes maior do que o pago por torcedores na Copa do Mundo do Catar, em 2022.

Em nota, a FSE afirmou que a política de preços representa “uma traição monumental à tradição da Copa do Mundo” e ignora o papel histórico dos torcedores no espetáculo. A organização também criticou a falta de um valor padrão para os jogos da fase de grupos, alegando que a Fifa teria adotado critérios considerados vagos, como a “atratividade percebida” de cada partida.

Diante do cenário, a entidade pediu que a Fifa suspenda imediatamente a venda dos ingressos, promova uma consulta com as partes envolvidas e revise os valores praticados. A FSE também solicitou uma reavaliação da distribuição de ingressos por categoria, até que seja apresentada uma solução que, segundo a organização, respeite a tradição, a universalidade e a importância cultural da Copa do Mundo.

O embate em torno dos preços reforça um debate que tende a ganhar força até 2026: o acesso do torcedor comum ao maior evento do futebol mundial, em um torneio que promete recordes de público, mas também de custos.

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