
A expulsão do goleiro Léo Jardim, do Vasco, foi um dos episódios mais controversos da rodada do Brasileirão. O camisa 1 foi expulso no segundo tempo do empate por 1 a 1 com o Internacional, no Beira-Rio, após receber o segundo cartão amarelo por supostamente retardar o reinício da partida — conduta comumente conhecida como “cera”.

Nesta segunda-feira (29), o árbitro Flavio Rodrigues de Souza explicou o motivo da decisão na súmula. Segundo ele, o jogador caiu no gramado sem motivo aparente, durante o momento das substituições, e não aceitou se levantar mesmo após ser orientado por ele e pelo assistente número 1. Além disso, ressaltou que Léo teve tempo suficiente para ser atendido pela equipe médica, mas não o fez.
“Após ser advertido anteriormente por retardar o reinício do jogo, expulsei com segundo cartão amarelo o Sr. Leonardo Cesar Jardim por de maneira desrespeitosa retardar o reinício da partida, caindo ao solo sem motivo aparente”, escreveu o árbitro na súmula.
A punição aplicada a Léo Jardim está amparada pelas regras da International Football Association Board (IFAB), que preveem cartão amarelo para jogadores que atrasam propositalmente o reinício do jogo. Embora a regra também mencione simulações e avaliações médicas, o árbitro tem autoridade para decidir se o jogador precisa ou não de atendimento.
A decisão revoltou o Vasco da Gama, que emitiu nota oficial ainda no domingo, pedindo à CBF o afastamento imediato do árbitro Flavio Rodrigues de Souza, classificando sua atuação como “desastrosa”.
“O Vasco da Gama repudia, com veemência, a atuação desastrosa do árbitro Flavio Rodrigues de Souza na partida deste domingo (27/07), contra o Internacional, em Porto Alegre, válida pelo Campeonato Brasileiro”, declarou o clube.
A expulsão gerou forte reação também entre os torcedores e influenciou diretamente a reta final da partida, com o Vasco tendo que segurar o empate fora de casa com um jogador a menos. Para muitos, a medida foi excessiva, principalmente considerando o contexto da partida e a subjetividade que envolve lances de possível lesão ou cansaço físico.
O pedido formal de afastamento do árbitro é uma tentativa do Vasco de pressionar a CBF para que o caso seja avaliado pelo departamento de arbitragem. A diretoria entende que o cartão foi mal aplicado e comprometeu o desempenho da equipe no jogo.
A CBF ainda não se manifestou oficialmente sobre o pedido do clube carioca.
