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MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS

Estados Unidos reagem na reta final e fecham Mundial de Natação com liderança e recordes

Após críticas de lendas como Phelps e Lochte, nadadores americanos encerram competição em alta com quatro ouros nos dois últimos dias

3 agosto 2025 - 14h25
Katie Ledecky comemora a vitória nos 800 metros no Mundial de Cingapura, consolidando a reação dos Estados Unidos após críticas de lendas como Michael Phelps e Ryan Lochte.
Katie Ledecky comemora a vitória nos 800 metros no Mundial de Cingapura, consolidando a reação dos Estados Unidos após críticas de lendas como Michael Phelps e Ryan Lochte. - CARMEN MANDATO/Getty Images via AFP

Depois de um início abaixo das expectativas, a equipe de natação dos Estados Unidos encerrou com força o Mundial de Esportes Aquáticos em Cingapura, garantindo o topo do quadro de medalhas com 29 pódios no total. A arrancada nos dois últimos dias da competição, com quatro medalhas de ouro, ajudou a reverter o cenário negativo que marcou a primeira metade do torneio.

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Com esse desempenho, os americanos superaram a Austrália, que terminou com oito ouros, e responderam às duras críticas vindas de dois dos maiores nomes da natação mundial: Ryan Lochte e Michael Phelps.

Críticas e provocação de lendas olímpicas

A reação da equipe foi impulsionada também por um sentimento de resposta às provocações públicas de Lochte, dono de 12 medalhas olímpicas. O ex-nadador publicou uma montagem simbólica de funeral nas redes sociais, indicando o “fim da natação americana”. A imagem trazia a frase: "Em memória da natação dos Estados Unidos: 1980-2025".

Michael Phelps compartilhou a postagem e questionou: “Será que é o sinal de alerta que a natação americana precisava? Vamos descobrir.” A publicação viralizou e aumentou a pressão sobre a delegação dos EUA, especialmente sobre o setor feminino.

Respostas dentro da piscina

E a resposta veio dentro d’água. No sábado, a equipe feminina dos EUA quebrou o recorde mundial no revezamento 4x100 metros e viu Katie Ledecky dominar os 800 metros, vencendo a jovem canadense Summer McIntosh, de 18 anos, uma das estrelas do evento. “Vocês estão muito quietos nesta noite”, provocou Lilly King, recordista mundial dos 100 metros peito, ao marcar Phelps e Lochte em uma publicação no Instagram.

Neste domingo, as americanas encerraram a campanha com mais um recorde mundial, desta vez no 4x100 metros medley, com o tempo de 3min49s34, superando a marca anterior registrada em Paris-2024.

Orgulho e recado dos atletas

O campeão olímpico Bobby Finke, que levou o bronze nos 1.500 metros em Cingapura, também se manifestou após o encerramento do torneio. “Estou orgulhoso da equipe dos EUA e do que conseguimos, apesar de tudo o que disseram. Minhas redes estão abertas para quem quiser reclamar. Digam o que quiserem”, afirmou.

Finke classificou o desempenho final como um passo importante na preparação para os Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 2028.

Outros destaques do Mundial

Além do bom desempenho das mulheres dos Estados Unidos, a canadense Summer McIntosh foi um dos grandes nomes da competição, encerrando sua participação com quatro medalhas de ouro.

Entre os homens, o francês Léon Marchand brilhou ao conquistar dois ouros individuais e quebrar o antigo recorde de Ryan Lochte nos 200 metros medley — o mesmo que provocou a postagem crítica do ex-nadador americano.

Outro nome que chamou atenção foi o da chinesa Yu Zidi, de apenas 12 anos, que ficou em quarto lugar em três provas individuais — 200 metros borboleta e as duas de medley — e conquistou um bronze no revezamento, mostrando potencial para os próximos anos.

Brasil sai sem medalhas

O Brasil, por sua vez, deixou o Mundial de Cingapura sem conquistar medalhas, algo que não acontecia desde 2007. O resultado acende o sinal de alerta no planejamento para o ciclo olímpico de Paris-2024 e Los Angeles-2028.

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