O título da Copa do Brasil conquistado neste domingo com o Corinthians colocou Dorival Júnior no topo da história do torneio. O treinador chegou ao seu quarto troféu e igualou Luiz Felipe Scolari, o Felipão, como maior campeão da competição. Agora, os dois dividem o recorde, com quatro conquistas cada.
Felipão levantou a taça por três clubes diferentes: Criciúma (1991), Grêmio (1999) e Palmeiras, onde foi bicampeão (1998 e 2012). Com o novo título, Dorival também ajudou a recolocar o Corinthians nesse patamar. O clube alvinegro agora soma quatro Copas do Brasil – 1995, 2002, 2009 e 2025 –, empatando justamente com o Palmeiras em número de troféus.
Antes de erguer a taça pelo time do Parque São Jorge, Dorival já havia vencido o torneio por dois dos maiores rivais do Corinthians. Em 2010, comandou o Santos de Neymar na conquista sobre o Vitória, e em 2023 levou o São Paulo ao primeiro título da Copa do Brasil ao bater o Flamengo na decisão.
A outra conquista do treinador no torneio foi justamente com o rubro-negro carioca, em 2022, ano em que também ergueu a Libertadores. Mesmo com a dobradinha histórica, Dorival não teve o contrato renovado: a diretoria do Flamengo optou por contratar o português Vítor Pereira, que meses antes havia decidido não seguir no próprio Corinthians.
Depois de ser preterido no Flamengo, Dorival assumiu o São Paulo e só deixou o Morumbi porque foi convidado para dirigir a seleção brasileira. Demitido pela CBF no fim de março, voltou ao cenário de clubes em abril, contratado pelo Corinthians em meio a uma das maiores crises institucionais da história recente alvinegra.
No Brasileiro, o trabalho foi alvo de críticas. O time terminou apenas em 13º lugar, resultado bem abaixo das expectativas da torcida. O título da Copa do Brasil, porém, muda o clima interno, dá respaldo à comissão técnica e fortalece Dorival para seguir à frente do projeto até o fim do contrato, que vai até dezembro de 2026.
Durante a temporada, o técnico usou diversas entrevistas coletivas para reclamar da falta de reforços. O cenário piorou quando o Corinthians sofreu transfer ban da Fifa e ficou impedido de registrar novos jogadores. Com Dorival no cargo, o único reforço anunciado foi o atacante Vitinho, contratado poucos dias antes da punição entrar em vigor. Antes disso, só Angileri havia sido incorporado ao elenco, ainda em fevereiro.
