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ESPORTE

Dívida do Corinthians atinge R$ 2,7 bilhões e preocupa gestão

Clube amarga déficit de R$ 103 milhões em 2025 e busca alternativas para aliviar caixa e renegociar Arena

10 outubro 2025 - 13h15Murilo César Alves e Rodrigo Sampaio
Endividado, Corinthians tenta renegociar contrato da Neo Química Arena e reverter cenário financeiro negativo.
Endividado, Corinthians tenta renegociar contrato da Neo Química Arena e reverter cenário financeiro negativo. - Foto: Bruno Granja

A situação financeira do Corinthians segue em colapso. O balancete referente a julho de 2025, divulgado nesta sexta-feira (10), aponta que a dívida total do clube chegou a R$ 2,7 bilhões, um valor inédito e considerado alarmante até mesmo por conselheiros. O documento também mostra que o déficit acumulado no ano é de R$ 103 milhões.

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Apesar do quadro preocupante, houve uma redução no valor devido à Caixa Econômica Federal pela Neo Química Arena, em Itaquera. O débito, que era de R$ 675,2 milhões no fim do primeiro semestre, caiu para R$ 655,3 milhões. A diminuição foi possível graças à vaquinha organizada pela torcida Gaviões da Fiel, que desde novembro de 2024 tem contribuído para a amortização dos juros.

Sem contabilizar o passivo da Arena, o clube ainda carrega cerca de R$ 2 bilhões em dívidas com empréstimos bancários, encargos trabalhistas e compromissos diversos.

Revisão orçamentária e cenário interno - Diante do cenário financeiro crítico, o Conselho Deliberativo do Corinthians aprovou por unanimidade, nesta semana, uma revisão orçamentária. A nova previsão aponta que o clube deve encerrar o ano com déficit de R$ 83 milhões, revertendo a expectativa anterior de superávit de R$ 34 milhões prevista no orçamento elaborado pela gestão de Augusto Melo.

O balancete mostra que o departamento de futebol registrou superávit de R$ 13 milhões até julho. No entanto, o clube social fechou no vermelho, com saldo negativo de R$ 26,5 milhões, impactando o resultado geral.

O presidente Osmar Stábile tem buscado alternativas para conter o avanço das dívidas e equilibrar o fluxo de caixa. Uma das frentes é a renegociação dos naming rights da Neo Química Arena, com o objetivo de triplicar o valor atual do contrato firmado com a Hypera Pharma.

Assinado em 2020, o acordo vigente garante R$ 300 milhões até 2040, mas o clube considera o montante abaixo do potencial de mercado e tenta ampliar o aporte financeiro em nova negociação.

Transfer ban e punições da Fifa - Além da dívida crescente, o Corinthians enfrenta sanções da Fifa, que impôs um transfer ban por falta de pagamento ao Santos Laguna, do México, pela contratação do zagueiro Félix Torres. O valor devido é de aproximadamente R$ 33 milhões.

A entidade máxima do futebol também condenou o clube em outros processos relacionados a atrasos na compra de jogadores, elevando o montante total a R$ 120 milhões em pendências internacionais.

Os bloqueios dificultam o planejamento do departamento de futebol e afetam a montagem do elenco para a próxima temporada, agravando a crise técnica e financeira.

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