
Faleceu neste sábado (15), aos 74 anos, o médico Celso Corrêa de Barros, figura histórica na política do Fluminense e ex-presidente da Unimed Rio, durante o período em que a operadora patrocinou o clube entre 1999 e 2014. A causa da morte foi um infarto. Celso também era pré-candidato à presidência do Fluminense nas eleições marcadas para o dia 29 deste mês.
O Fluminense decretou luto oficial e disponibilizou o Salão Nobre das Laranjeiras para o velório. Em nota oficial, o clube prestou homenagem ao médico:
"Apaixonado desde sempre, o médico pediatra viveu intensamente a discussão sobre os destinos do clube. Mantinha-se atuante na política do Fluminense e era, neste momento, pré-candidato à presidência para o próximo triênio", diz o texto divulgado pela instituição.
Celso Barros é velado no Salão Nobre das Laranjeiras — Foto: Giba Perez / ge
Carreira médica e atuação no futebol - Celso Barros era pediatra e teve uma trajetória ativa na classe médica. Foi diretor do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, conselheiro do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) e diretor da Associação Médica Brasileira.
Sua visibilidade pública, no entanto, cresceu a partir de sua atuação como presidente da Unimed Rio, quando a operadora se tornou patrocinadora do Fluminense. A parceria durou 15 anos e coincidiu com uma das fases mais vitoriosas do clube: o Tricolor conquistou a Copa do Brasil em 2007, os títulos do Campeonato Brasileiro em 2010 e 2012, além dos Cariocas de 2002, 2005 e 2012.
A gestão também enfrentou momentos difíceis, como a luta contra o rebaixamento em 2009, em que o clube escapou da queda na reta final do campeonato. A parceria entre Fluminense e Unimed terminou em 2014, em meio a uma grave crise financeira da operadora e desgastes institucionais.
Presença política mesmo após o fim da parceria - Mesmo após o encerramento do vínculo com a Unimed, Celso Barros seguiu com forte presença nos bastidores do Fluminense. Foi eleito vice-presidente do clube ao lado de Mário Bittencourt, atual presidente, com quem rompeu politicamente durante o primeiro mandato. Desde então, passou a integrar a oposição.
Há um mês, anunciou oficialmente sua pré-candidatura à presidência do clube para o triênio 2025-2027. Sua chapa contava com Rafael Rolim, advogado e ex-candidato à presidência nas últimas eleições, como vice geral.
Com a morte de Celso Barros, o cenário político do clube passa por uma reconfiguração às vésperas da eleição.

