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16 de dezembro de 2025 - 13h24
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ESPORTE

Carlomagno nega lucro com camarote e diz que proibiu nova cessão

Superintendente do São Paulo nega ter recebido dinheiro por camarote no MorumBis e diz que proibiu novas cessões após descoberta de venda

16 dezembro 2025 - 11h00
Marcio Carlomagno
Marcio Carlomagno - (Foto: Divulgação/Sao Paulo FC)
Terça da Carne

O superintendente geral do São Paulo, Marcio Carlomagno, se defendeu nesta segunda-feira (16) das acusações que envolvem seu nome em um áudio que expôs um suposto esquema de comercialização ilegal de um camarote do MorumBis durante o show da cantora Shakira. Em entrevista concedida no próprio estádio, ao lado de advogados do clube e membros da comunicação, ele negou qualquer envolvimento direto com a venda do espaço e afirmou ter tomado providências após tomar conhecimento do episódio.

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"Meu sentimento é de revolta e tristeza", resumiu Carlomagno, visivelmente incomodado com a situação. Ele é citado em uma gravação revelada pelo portal Ge, na qual diretores do clube discutem a cessão do camarote da presidência durante o evento. Segundo o material, o espaço teria sido usado de forma “não normal” e “todo mundo ganhou”.

Entre os citados na gravação estão Douglas Schwartzmann, diretor adjunto da base, e Mara Casares, diretora feminina e de eventos, ex-esposa do presidente Júlio Casares. Ambos admitiram que houve um uso fora do padrão para o espaço, que acabou comercializado por fora dos canais oficiais do clube.

Carlomagno, no entanto, afirmou que não teve participação na transação financeira e que sequer sabia da venda até o dia do show. “Não ganhei dinheiro. A única coisa que ganhei foi um grande problema para a gente resolver”, disse. De acordo com ele, o camarote foi cedido a pedido de Mara Casares, mas não havia qualquer autorização para que o local fosse comercializado.

O dirigente contou que descobriu a comercialização após uma confusão com uma empresa que teria comprado o camarote, e que procurava os ingressos no dia do evento. Após isso, determinou que o espaço não fosse mais cedido em outros eventos no MorumBis em 2025.

“Proibi a cessão do camarote da presidência em eventos seguintes por causa do que aconteceu. Essa decisão foi tomada imediatamente”, afirmou.

Na entrevista, Carlomagno também respondeu sobre os trechos em que seu nome é mencionado no áudio. Ele disse considerar que foi citado de forma indevida e negou qualquer relação com o suposto esquema. “Usaram meu nome como ferramenta de pressão”, afirmou. “Não sou político. Sou funcionário de carreira do São Paulo.”

Ele ressaltou que permanece no cargo e que só pedirá afastamento caso seja diretamente implicado. “Se, em algum momento, algo respingar em mim diretamente, eu sou o primeiro a pedir licença do cargo. Mas, no momento, não tem. É um áudio em que eu sou citado”, afirmou. “A vítima é o São Paulo”, completou.

Carlomagno disse ainda que trabalha na administração do clube com foco na reestruturação financeira. “Temos feito ações para melhorar a governança. Estamos buscando superávit, uma receita de R$ 1 bilhão e a redução da dívida. Minha atuação é técnica.”

Até o momento, o São Paulo não anunciou medidas formais sobre o episódio, nem afastamentos de envolvidos. A repercussão do caso, no entanto, tem gerado pressão nos bastidores, uma vez que envolve nomes de alto escalão e o uso de estruturas oficiais do clube fora dos padrões administrativos.

A expectativa é de que o caso seja analisado internamente nas próximas semanas.

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