
O Brasil encerrou sua participação no Mundial de Boxe de Liverpool neste domingo (14) com a medalha de prata do pugilista Luiz Gabriel Oliveira, o “Bolinha”, na categoria até 60 kg. O brasileiro perdeu a final para Abdumalik Khalokov, do Uzbequistão, após os juízes encerrarem o combate ao identificar um corte no lado direito do rosto de Bolinha — o que, pelas regras do boxe olímpico, impede a continuidade da luta em caso de sangramento.

Com a interrupção ainda no segundo round, foi computada a pontuação do primeiro, em que o usbeque havia levado vantagem unânime dos jurados. Bolinha é neto de Servílio de Oliveira, o primeiro brasileiro medalhista olímpico no boxe, com o bronze conquistado em 1968, na Cidade do México.
Combate intenso e decisão médica
O primeiro round foi disputado com ritmo alto, com Bolinha tomando a iniciativa e buscando o centro do ringue. No entanto, Khalokov aplicou o golpe mais contundente do assalto, recebendo a pontuação total dos jurados.
No segundo round, a luta seguiu equilibrada, mas com diversas interrupções. Perto do fim da parcial, os juízes identificaram o sangramento no rosto de Bolinha e decidiram interromper a luta por precaução médica, declarando o uzbeque campeão mundial.
Melhor desempenho do Brasil em Mundiais
O desempenho de Luiz Gabriel Oliveira fechou com chave de prata a melhor campanha da história do boxe brasileiro em Mundiais. A delegação nacional disputou quatro finais neste domingo e saiu com uma medalha de ouro e três de prata.
O destaque do dia foi Rebeca Lima, que conquistou o ouro na categoria até 60 kg, ao vencer a polonesa Aneta Rygielska por 3 a 2. Em seguida, o Brasil viu três atletas caírem nas finais contra adversários do Uzbequistão:
Yuri Falcão foi derrotado por Asadkhuja Muydinkhujaev (categoria 65 kg);
Isaias “Samurai” Ribeiro perdeu para Turabek Khabibullaev (até 90 kg);
E Bolinha ficou com a prata após corte no rosto contra Khalokov.
Segundo a comissão técnica, a expectativa inicial era conquistar uma medalha no feminino e uma no masculino, o que foi superado com quatro pódios — uma campanha histórica para o boxe brasileiro.
