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Bradley Wiggins revela vício em drogas e diz que usou cocaína em medalha olímpica

Campeão da Volta da França e dono de cinco ouros olímpicos, britânico detalha fase de autodestruição em novo livro

11 outubro 2025 - 13h30Redação E+
Bradley Wiggins revela vício em drogas
Bradley Wiggins revela vício em drogas - Foto: Eric Feferberg/AFP

Ex-ciclista britânico Bradley Wiggins, um dos nomes mais vitoriosos da modalidade, revelou ter vivido um período de vício em drogas após se aposentar, em 2016. Em entrevista ao jornal The Times, o atleta contou que chegou a cheirar cocaína na medalha de ouro conquistada nos Jogos de Londres-2012, em um dos momentos mais sombrios de sua vida.

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“Lá estava eu, em um armário, cheirando cocaína da minha medalha de ouro, zombando da minha conquista, odiando-a pelo que eu achava que ela havia me proporcionado”, relatou o britânico, de 45 anos. “Era como mijar no túmulo de alguém, e naquele momento, eu estava mijando no meu próprio.”

Segundo Wiggins, o episódio ocorreu em um hotel de Londres, onde passou duas semanas isolado, consumindo grandes quantidades da droga. “Consegui usar cerca de 120 gramas de cocaína. Não sei como não morri. Não gosto nem de pensar nisso”, disse.

Os relatos fazem parte da autobiografia “The Chain” (“A corrente”, em tradução livre), que será lançada na Inglaterra no próximo dia 23 de outubro. No livro, o ex-atleta expõe episódios de abuso sexual sofrido aos 13 anos por um treinador, além de agressões físicas cometidas por seu padrasto.

Wiggins também fala sobre dívidas milionárias, que o levaram a ser declarado falido por um tribunal, e comenta as suspeitas de doping que cercaram sua antiga equipe. “Eu nunca quis que parecesse que eu culpava alguém pelos meus problemas. Sou vítima das minhas próprias escolhas”, afirmou.

Carreira e legado

Durante sua trajetória, Bradley Wiggins se tornou um dos maiores nomes do ciclismo britânico. Foi campeão da Volta da França em 2012 e conquistou oito medalhas olímpicas — sendo cinco de ouro, uma de prata e duas de bronze — entre os Jogos de Sydney-2000 e Rio-2016.

“Eu queria ser o narrador da minha própria história. As partes boas e as ruins”, disse o atleta ao resumir a motivação por trás da obra.

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