
Joseph Blatter, ex-presidente da Fifa, e Michel Platini, ex-comandante da Uefa, foram definitivamente absolvidos nesta quinta-feira (28) em processo que se arrastava há uma década. Os promotores suíços anunciaram que não vão recorrer da decisão tomada em março por um tribunal de apelação, encerrando de vez um dos capítulos mais controversos da história recente do futebol mundial.

O caso começou em 2015, quando veio à tona o pagamento de US$ 2 milhões (cerca de R$ 10,8 milhões) feito pela Fifa a Platini em 2011. A transação foi questionada durante as investigações do chamado Fifagate, escândalo global de corrupção que derrubou parte da cúpula do futebol.
Acusações não foram comprovadas - Blatter e Platini chegaram a ser julgados em 2022 sob acusações de fraude, falsificação de documentos, má gestão e apropriação indevida. No entanto, as alegações não se sustentaram em tribunal. Em duas instâncias, a Justiça suíça concluiu que não havia provas suficientes para condená-los.
Com a decisão desta quinta-feira, a promotoria aceitou definitivamente a absolvição. “Está se encerrando mais um capítulo nos complexos procedimentos relacionados ao futebol”, informaram os procuradores suíços em comunicado.
Consequências no comando do futebol mundial - Embora tenham sido inocentados judicialmente, o processo teve impacto decisivo nas carreiras de ambos. Blatter e Platini foram afastados dos cargos que ocupavam no auge das investigações e ficaram proibidos de exercer funções ligadas ao futebol.
As quedas abriram caminho para uma nova liderança no esporte: em 2016, Gianni Infantino foi eleito presidente da Fifa e Aleksander Ceferin assumiu a presidência da Uefa, cargos que ocupam até hoje.
