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ESPORTE

Assunção vence disputa e será sede dos Jogos Pan-Americanos de 2031

Paraguai supera candidatura de Rio-Niterói e promete logística eficiente e legado esportivo

10 outubro 2025 - 12h45
Assunção vence Rio-Niterói e será a sede dos Jogos Pan-Americanos de 2031, superando o Brasil em votação da Panam Sports.
Assunção vence Rio-Niterói e será a sede dos Jogos Pan-Americanos de 2031, superando o Brasil em votação da Panam Sports. - Foto: Divulgação Panam Sports

A cidade de Assunção, no Paraguai, foi escolhida nesta sexta-feira (10) como sede dos Jogos Pan-Americanos e Parapan-Americanos de 2031, durante a Assembleia da Panam Sports, realizada em Santiago, no Chile. A capital paraguaia superou a candidatura conjunta de Rio-Niterói, que representou o Brasil, e venceu por 28 votos a 24.

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Essa será a primeira vez que o Paraguai recebe os Jogos Pan-Americanos, enquanto o Brasil já foi anfitrião em 1963 (São Paulo) e 2007 (Rio de Janeiro). No total, 41 comitês olímpicos das Américas participaram da votação — sendo que os países que já sediaram o evento tiveram direito a voto duplo, como Brasil, EUA, Canadá, México, Cuba, Chile e Argentina.

Logística e promessa de renovação - O projeto vencedor de Assunção foi sustentado no lema de “não ser apenas um anfitrião, mas um convite a seguir construindo”. A candidatura paraguaia apostou na promessa de uma logística simplificada, concentrando a maior parte das competições em um raio de até 30 minutos das instalações principais, como a Secretaria Nacional de Desporte e o Centro do Comitê Olímpico Paraguaio (COP).

A escolha, porém, levanta desafios. A cidade ainda enfrenta críticas pela organização do Pan Júnior de 2024, realizado em agosto, marcado por problemas de transporte, falhas na venda de ingressos e dificuldades de acessibilidade. Mesmo assim, a Panam Sports avaliou que o país mostrou empenho em corrigir as falhas e demonstrou capacidade de evolução desde aquele evento.

Assunção já havia tentado sediar o Pan de 2027, mas foi preterida por Lima, no Peru, devido ao pouco tempo de preparação. Agora, com um prazo de seis anos até 2031, a capital paraguaia terá a chance de consolidar um novo ciclo esportivo no continente.

A candidatura brasileira, com Rio-Niterói, buscou reforçar o legado das Olimpíadas de 2016 e dos Jogos Pan-Americanos de 2007. O Comitê Olímpico do Brasil (COB) apresentou o projeto durante a assembleia, com apoio de atletas e lideranças políticas. A comitiva contou com nomes de peso como Rebeca Andrade, campeã olímpica, e Thiago Pereira, maior medalhista da história dos Jogos Pan-Americanos.

“A nossa candidatura tem uma única razão: valorizar o esporte local. É essencial que momentos icônicos sejam vistos e celebrados por milhões de pessoas. Jogos de todos e para todos”, afirmou o presidente do COB, Marco Antônio La Porta.

O plano brasileiro previa um investimento de US$ 667,5 milhões (R$ 3,57 bilhões), com 39 modalidades esportivas distribuídas entre arenas já consolidadas, como o Parque Aquático Maria Lenk e o Parque Olímpico da Barra. A proposta incluía ainda a construção da Vila Pan-Americana na região do Porto Maravilha, integrando o projeto de reurbanização da área central do Rio.

O peso da tradição - Além do legado esportivo, o Brasil apostou em sua experiência como anfitrião de grandes eventos internacionais. O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), ressaltou a vocação da cidade para receber multidões e promover o esporte com visibilidade global.

“Nossa história mostra que nossos serviços públicos estão à altura de grandes eventos. O Rio é um palco natural para o esporte e para o mundo. Tudo o que acontece aqui ganha o planeta”, afirmou Paes durante sua fala em Santiago.

Apesar da boa estrutura e da experiência comprovada, o projeto brasileiro acabou derrotado por uma margem estreita. Nos bastidores, dirigentes do COB reconheceram que questões políticas e o desejo de alternância entre países-sede pesaram na decisão final.

A escolha de Assunção reforça o movimento da Panam Sports de diversificar os países anfitriões e estimular novos centros esportivos no continente. A 21ª edição do evento está prevista para ocorrer entre julho e agosto de 2031, reunindo atletas de 41 países em mais de 30 modalidades.

Agora, o desafio do Paraguai será transformar o simbolismo da vitória em capacidade de entrega. Com a lembrança recente do Pan Júnior, a expectativa é de que o país invista em infraestrutura e planejamento para garantir um evento à altura do calendário continental.

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