
O clima foi de protesto desde as primeiras horas deste sábado (9) no entorno do Parque São Jorge, em São Paulo, onde sócios do Corinthians decidem em assembleia se o presidente afastado Augusto Melo retorna ao cargo ou é destituído de forma definitiva. A votação ocorre no clube social e o resultado está previsto para as 19h.

Panfletos e faixas contra o dirigente marcaram presença nos arredores. No final da manhã, torcedores organizados discutiram com uma sócia que, de dentro do carro, afirmou votar pela permanência de Melo. A troca de palavras elevou a tensão no local.
Alguns nomes importantes do clube também passaram pelo local. O ex-presidente Andrés Sanchez chegou por volta das 8h40, antes da movimentação maior, e não falou com a imprensa. O próprio Augusto Melo chegou ainda mais cedo.
Ídolo do clube, Marcelinho Carioca compareceu para acompanhar a votação, mas, por ser sócio há menos de cinco anos, não tem direito ao voto. “Vim para entender o processo”, disse o ex-meia.
O empresário Paulo Garcia, dono da Kalunga e conselheiro vitalício, defendeu a permanência de Osmar Stábile, presidente interino. “Meu posicionamento é que tem que continuar o Osmar. Se caso hoje tenha o impeachment, e ele continuar, também vou votar e fazer campanha para ele”, afirmou.
Entre os aliados de Melo, a recepção foi mista. Marcelo Mariano, ex-diretor administrativo e braço direito do presidente afastado, foi hostilizado por um torcedor. Já Claudinei Alves, ex-diretor das categorias de base suspenso por suspeita de irregularidades, compareceu, mas ficou do lado de fora, já que está proibido de entrar no clube.
Se o impeachment for confirmado, o presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma, terá de convocar novas eleições, restritas aos conselheiros, que poderão se candidatar ou votar.
