
Líder do ranking mundial de tênis, Carlos Alcaraz encerra 2025 como um dos principais nomes do circuito internacional, mas sem adotar um discurso triunfalista. Em entrevista ao jornal espanhol Marca, o tenista de 22 anos reforçou sua visão de que ainda não está no mesmo patamar dos ícones Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic, conhecidos como o “Big 3” da história do esporte.
“Não estou nem perto de sentar na mesa do 'Big 3'. Estou longe disso”, declarou Alcaraz, que atualmente divide o domínio do tênis com o italiano Jannik Sinner. Juntos, os dois conquistaram os últimos oito grandes torneios da temporada, consolidando-se como os principais nomes da nova geração.
Alcaraz e o respeito aos veteranos - Apesar de ser considerado por muitos como o sucessor natural dos grandes nomes da última década, Alcaraz mantém o pé no chão ao falar sobre o momento atual do tênis. Segundo ele, a chamada “nova era” ainda está em transição, já que Djokovic permanece ativo no circuito, ocupando a quarta posição no ranking e mantendo bons resultados.
“Djokovic segue jogando. Vão passando os anos, mas Djokovic continua, é o quarto do mundo e fez semifinais em todos os Grand Slams. Tem o nível e motivação, porque o físico lhe permite seguir competindo e estar no seu máximo”, avaliou o espanhol.
Mesmo com uma trajetória ainda curta, Alcaraz já soma 24 títulos na carreira, incluindo seis conquistas em Grand Slams — dois no US Open, dois em Wimbledon e dois em Roland Garros. O desempenho o coloca em uma trajetória de elite, mas o espanhol prefere manter o foco no presente.
Questionado sobre a possibilidade de seguir jogando até os 38 anos, como fizeram Nadal e Djokovic, Alcaraz foi direto: “Neste momento não me vejo. Prefiro ir ano a ano e ver até onde pode chegar o meu corpo. E, acima de tudo, se tenho motivação e vontade”.
Aos 22 anos, Alcaraz é apontado por muitos especialistas como um dos mais completos tenistas da atualidade, com um estilo agressivo e versátil, capaz de jogar bem em qualquer superfície. Seu desempenho em 2025 consolidou essa visão, mesmo que ele mesmo prefira adotar a cautela ao se comparar aos maiores da história.
Transição de gerações em curso - A fala de Alcaraz reflete um cenário de transição no tênis mundial. Embora o domínio do “Big 3” esteja chegando ao fim, o espanhol evita decretar o início de uma nova era definitiva. “Pode ser que vamos passando a outra geração”, comentou.
A presença constante de Alcaraz e Sinner nas fases finais dos torneios reforça que há uma nova liderança técnica no esporte, mas sem ignorar o legado daqueles que revolucionaram o tênis nos últimos 20 anos.

