
A nova aposta brasileira do Prime Video, “Tremembé”, já está disponível na plataforma e promete reacender o interesse do público pelo gênero true crime. A série, lançada nesta sexta-feira (31), retrata o cotidiano do Complexo Penitenciário de Tremembé, conhecido como o “presídio dos famosos”, e reúne personagens inspirados em casos que chocaram o país, como Suzane von Richthofen, Elize Matsunaga, Anna Carolina Jatobá e os irmãos Cravinhos.
 
Logo no primeiro episódio, Suzane (Marina Ruy Barbosa) é transferida para a unidade após uma rebelião em Ribeirão Preto colocar sua vida em risco. No novo presídio, ela encontra outras figuras conhecidas da crônica policial e precisa se adaptar a uma hierarquia dominada por Sandrão, a “abelha-rainha” da prisão, dando início a um tenso jogo de poder e manipulação.
A série é inspirada nos livros “Elize Matsunaga: A Mulher que Esquartejou o Marido” e “Suzane: Assassina e Manipuladora”, do jornalista Ullisses Campbell, e tem roteiro e direção geral de Vera Egito, com direção episódica de Daniel Lieff. Segundo Egito, o objetivo não é reconstituir crimes, mas explorar o comportamento e a convivência entre pessoas marcadas por atos violentos. “É quase um estudo psicológico da convivência dessas figuras no mesmo espaço”, afirma.
Liberdades criativas e bastidores da produção
A adaptação toma algumas licenças poéticas, como ajustar a linha do tempo para dinamizar a narrativa. “As coisas mais absurdas que estão na série aconteceram de verdade”, diz Campbell, que acompanhou de perto o processo de roteirização. “Passamos por um crivo jurídico rigoroso, tanto da produtora Paranoid quanto do Prime Video.”
 Em 'Tremembé', além de Suzane e os irmãos Cravinhos, público verá Alexandre Nardoni e Anna Jatobá, Roger Abdelmassih, Elize Matsunaga e Sandrão (Foto: Kelly Fuzaro/Prime Video)
Em 'Tremembé', além de Suzane e os irmãos Cravinhos, público verá Alexandre Nardoni e Anna Jatobá, Roger Abdelmassih, Elize Matsunaga e Sandrão (Foto: Kelly Fuzaro/Prime Video)A atriz Marina Ruy Barbosa, que também assina como produtora associada, encara o papel de Suzane como um divisor de águas em sua carreira. “É o meu primeiro trabalho no streaming e um desafio que me faz buscar novas camadas como atriz. É um projeto denso, mas necessário”, destaca.
Carol Garcia, intérprete de Elize Matsunaga, reforça que a série não busca julgar, e sim provocar reflexão. “Quando o teatro surgiu, ele servia para os reis enxergarem suas próprias atrocidades. Aqui, queremos gerar o mesmo tipo de pensamento crítico.”
O limite entre realidade e ficção
A produção também se preocupa em não expor vítimas ou familiares. As cenas de crimes são mostradas sob o ponto de vista das vítimas, sem imagens degradantes. “Nosso foco não é justificar, mas lembrar o que levou cada personagem até ali”, explica Egito.
Com cinco episódios, todos já disponíveis, Tremembé combina drama psicológico, tensão e crítica social, convidando o espectador a repensar o fascínio pelo crime e a complexidade humana por trás das manchetes.
 
				
				
				
					
				
				
				
				
				
			 
						
 
									 
									 
									 
									 
									 
									 
									 
									 
									 
									 
									 
									 
									 
									