
Campo Grande confirmou sua vocação como polo cultural e criativo com a realização da segunda edição do On Track Summit MS 2025, no BioParque Pantanal. O evento reuniu mais de 20 especialistas da indústria da música e posicionou a capital sul-mato-grossense como referência nacional em debates sobre economia criativa, sustentabilidade e inovação no setor musical.

O encontro, que teve formato carbono neutro, abordou temas como internacionalização de artistas, inteligência artificial, direitos autorais e diversidade.
Segundo Lucas Amad, idealizador do projeto, a edição deste ano ampliou os horizontes. “Na primeira edição, o foco foi o sertanejo. Agora, a curadoria trouxe diferentes estilos musicais e profissionais variados da indústria, mostrando que Campo Grande é muito mais que um único gênero”, afirmou.
Um dos momentos mais comentados foi o painel “Volume Alto, Voz Ativa: Mulheres na Indústria da Música”, que reuniu produtoras e executivas para discutir os desafios e avanços da representatividade feminina no setor.
Outro ponto de destaque foi o pré-lançamento do projeto “Sons do Pantanal”, da Fundação de Turismo de MS, que valoriza a música regional como elemento de identidade cultural e atrativo para o turismo sustentável.
A noite também foi marcada por uma homenagem ao compositor Paulo Simões, celebrando os 50 anos da canção “Trem do Pantanal”, ícone da música sul-mato-grossense.
Música como economia e impacto social
O Sebrae/MS foi parceiro institucional do evento e destacou a relevância estratégica da música para os pequenos negócios. “A música é uma das maiores expressões da economia criativa. Ela não é só arte, é também negócio, impacto social e geração de valor”, destacou a produtora Dani Pepper.
A gerente do Sebrae/MS, Isabella Montello, reforçou o papel do On Track Summit em capacitar empreendedores culturais.
“Investir em eventos como este é estimular a competitividade, gerar conexões e preparar talentos para transformar criatividade em resultado econômico sustentável.”
Para o secretário de Turismo, Esporte e Cultura, Marcelo Miranda, o evento simboliza um marco para a cena cultural do estado.
“O Summit conecta produção cultural, tecnologia e mercado. É essencial para que artistas e produtores usem ferramentas como a inteligência artificial para ampliar oportunidades.”
O presidente da Fundação de Turismo de MS, Bruno Wendling, antecipou a internacionalização do projeto. “Em novembro, vamos lançar em Nova York uma iniciativa que une música e os sons da natureza do Pantanal. O Summit foi a primeira amostra dessa valorização global da nossa cultura.”
O SESI/MS também esteve presente, aproximando gerações por meio da música. “Unimos jovens talentos locais a especialistas nacionais, mostrando caminhos para transformar arte em carreira”, destacou o superintendente Régis Borges.
A segunda edição do On Track Summit deixou claro que o evento é mais que um encontro musical: trata-se de uma plataforma que conecta negócios, cultura, turismo e sustentabilidade.
“Nossa missão é unir profissionais de palco, equipes de bastidores e novos talentos. Em 2026, queremos expandir ainda mais essa rede”, concluiu Lucas Amad.
