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Aos 50, Flávia Alessandra fala sobre menopausa e revela diagnóstico de 'ombro congelado'

Atriz relata sintomas inesperados e reforça a importância de quebrar o silêncio sobre as transformações do corpo feminino nessa fase

23 outubro 2025 - 14h00Leonardo Neto
A atriz Flávia Alessandra comenta sobre os sintomas que sentiu no início da menopausa
A atriz Flávia Alessandra comenta sobre os sintomas que sentiu no início da menopausa - (Foto: @flaviaalessandra via Instagram)

Ao completar 50 anos, a atriz Flávia Alessandra enfrentou um momento que chega para todas as mulheres, mas sobre o qual ainda se fala pouco: a menopausa. Em entrevista à revista Ela, do jornal O Globo, ela compartilhou detalhes do início desse processo e como os primeiros sintomas vieram de forma inesperada — incluindo uma forte dor no ombro, que mais tarde foi diagnosticada como síndrome do ombro congelado.

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“Achava que era por conta do costeiro que usei no desfile de Carnaval como musa do Salgueiro, mas também era um sintoma da menopausa, algo chamado de síndrome do ombro congelado”, contou.

Inicialmente, Flávia relatou episódios de insônia, um sintoma comum do climatério. Mas a dor no ombro acendeu um alerta. A atriz decidiu buscar mais informações, ouvir especialistas e conversar com outras mulheres. “Achamos que menopausa é só ‘calor’, mas o corpo muda de tantas formas... Desde então, passei a estudar, ler muito, conversar com médicas e outras mulheres. E percebi que falar sobre isso é quase um ato político. A gente precisa tirar o peso e o silêncio dessa fase”, afirmou.

A vivência também levou Flávia a repensar sua relação com o próprio corpo e os limites do ritmo acelerado que sempre manteve. “Antes, eu empurrava tudo com a agenda cheia, o ritmo intenso, e achava que era normal viver cansada. Quando os sintomas começaram, e de formas tão inusitadas, como a dor no ombro, percebi que meu corpo estava pedindo atenção. Hoje, respeito meus limites e ajusto meu ritmo”, completou.

A chamada síndrome do ombro congelado, ou capsulite adesiva, é uma condição caracterizada pela dor intensa e progressiva rigidez na articulação do ombro, dificultando — e, em casos mais graves, impossibilitando — os movimentos. A inflamação e o enrijecimento da cápsula articular formam aderências que comprometem a mobilidade.

O quadro pode ser desencadeado por diversos fatores, incluindo alterações hormonais, como as provocadas pela menopausa. Também pode surgir após longos períodos de imobilização do ombro, como em casos de cirurgias, lesões ou fraturas. Diabetes é outro fator de risco conhecido.

Os sintomas geralmente evoluem em fases, começando com dor constante que se agrava à noite, passando pela limitação dos movimentos e, por fim, uma recuperação lenta. O tratamento costuma envolver fisioterapia, uso de medicamentos anti-inflamatórios e, em casos mais severos, infiltrações ou cirurgia para liberar a cápsula do ombro.

O relato de Flávia Alessandra se soma a um crescente movimento de mulheres públicas que têm usado sua visibilidade para tirar a menopausa da invisibilidade social. Ao abordar os desafios físicos e emocionais enfrentados nesse período, a atriz propõe uma nova forma de encarar essa transição: com informação, acolhimento e liberdade para falar sobre o que o corpo sente.

“A menopausa é uma fase natural e inevitável, mas ainda cercada de mitos, tabus e falta de diálogo”, comentou uma especialista consultada pela reportagem. "A valorização desses relatos públicos contribui para que outras mulheres se sintam mais seguras para buscar ajuda e entender o que estão vivendo."

Com mais de três décadas de carreira e forte presença nas redes sociais, Flávia Alessandra agora soma à sua trajetória artística o papel de porta-voz de um tema que atinge todas as mulheres, mas ainda é tratado com silêncio ou constrangimento.

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