
Morte da atriz mirim Millena Brandão, de 11 anos, está sendo investigada pela Polícia Civil de São Paulo. Conhecida por participações no SBT, a menina teve morte encefálica confirmada na última sexta-feira (2), após sofrer sucessivas paradas cardiorrespiratórias e agravamento clínico.

O caso é tratado como morte suspeita e está sob responsabilidade do 101º Distrito Policial (Jardim Imbuias). De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), laudos periciais já foram solicitados para esclarecer as circunstâncias do falecimento. A investigação está em andamento.
Segundo o boletim médico do Hospital Geral do Grajaú, Millena chegou à unidade em estado gravíssimo no dia 29 de abril, após ser transferida da UPA Dona Maria Antonieta. A equipe médica identificou um tumor no cérebro de 5 centímetros.
Antes da transferência, Millena havia sido atendida na UPA, onde, segundo a mãe, recebeu um diagnóstico de dengue e foi liberada para casa. Com a piora do quadro clínico, ela retornou ao hospital e passou a apresentar dores intensas. A família alega que houve demora no encaminhamento para o Hospital das Clínicas, onde seria possível tratar casos de alta complexidade.
Durante a tentativa de transferência, na manhã do dia 30, a menina sofreu 12 paradas cardiorrespiratórias. O quadro neurológico se agravou rapidamente, levando à morte encefálica dias depois.
Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde nega que tenha havido diagnóstico de dengue na unidade pública. Ainda assim, o órgão informou que vai abrir sindicância para apurar possíveis falhas no atendimento prestado pela UPA Dona Maria Antonieta.
A família de Millena divulgou o falecimento nas redes sociais da menina. Uma campanha online havia sido iniciada para arrecadar recursos para o tratamento, mas foi interrompida após a confirmação da morte.
Thays Brandão, mãe da atriz, afirmou em entrevista ao programa Primeiro Impacto, do SBT, que considera o atendimento na rede pública como negligente e questiona por que a filha não foi encaminhada diretamente ao Hospital das Clínicas. Ela também relatou que Millena ficou internada em uma UTI improvisada, sem estrutura para lidar com a gravidade do caso.
A comoção gerada nas redes sociais levantou também discussões sobre o protocolo de atendimento pediátrico em unidades de pronto atendimento e a infraestrutura da rede pública para lidar com casos de maior complexidade.
