Pela primeira vez na história, um longa-metragem brasileiro conquistou o Grand Prix da Federação Internacional de Imprensa Cinematográfica (Fipresci), prêmio concedido por um júri composto por membros de 75 países.
O filme escolhido foi Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, que será premiado no Festival Internacional de Cinema de San Sebastián, na Espanha, no dia 19 de setembro.
Com o Grand Prix da Fipresci, o aclamado drama soma 61 prêmios nacionais e internacionais. Entre os destaques estão o Oscar de Melhor Filme Internacional, o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme de Drama (conquistado por Fernanda Torres), além de seis prêmios do júri popular em festivais como Rotterdam, Vancouver, Mill Valley, Philadelphia, Pessac, na França, e na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. O longa também recebeu 13 prêmios Grande Otelo, concedidos pela Academia Brasileira de Cinema.
Ainda Estou Aqui acompanha o drama da família Paiva após o desaparecimento de Rubens Paiva, que foi levado por militares a paisana durante a ditadura militar no Brasil. O filme retrata a busca incansável de Eunice Paiva (interpretada por Fernanda Torres) pela verdade sobre o destino de seu marido, uma jornada que se estenderia por décadas. Durante essa trajetória, Eunice precisa se reinventar para garantir um futuro para si e para seus filhos. O filme é baseado no livro biográfico de Marcelo Rubens Paiva, um dos filhos do casal, e tem sido aclamado por sua sensibilidade ao retratar essa história de resistência e luta pela justiça.
Selecionado para mais de 50 festivais ao redor do mundo, Ainda Estou Aqui não só emociona pela qualidade narrativa, mas também é um marco na história do cinema brasileiro. A conquista do Grand Prix da Fipresci reforça a relevância da produção no cenário internacional, consolidando ainda mais a carreira do cineasta Walter Salles.
