
A presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Mato Grosso do Sul (FCDLMS), Inês Santiago, destaca que o setor varejista desempenha papel decisivo na economia do Estado no fim do ano. Ela afirma que “é o 13º salário pago pelo próprio varejo e por atividades diretamente conectadas a ele que retorna mais rápido para a economia”.
De acordo com dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), dos R$5,2bilhões estimados para circular em Mato Grosso do Sul até dezembro, R$3,92bilhões vêm de trabalhadores do mercado formal, no qual o varejo tem uma das maiores participações. Esse montante representa cerca de 75,4% de toda a massa salarial extraciclo.
São 893.441 trabalhadores do mercado formal que receberão o 13º neste ano no Estado, número que cresceu em relação ao passado e reforça a relevância da base de consumo ligada ao varejo.
Segundo a FCDLMS, a injeção desse recurso gera efeitos diretos em três frentes:
Maior procura por produtos e serviços — O pagamento estimula compras sazonais, presentes, serviços e itens de uso cotidiano, beneficiando lojas de rua, shoppings e centros comerciais.
Reinversão no varejo — O setor paga parte desse 13º aos empregados e, com isso, recebe de volta boa parte na forma de consumo, gerando um ciclo que reforça seu próprio faturamento.
Fortalecimento do emprego formal — O aumento de 38.160 postos de trabalho formais no Estado amplia a base de quem recebe benefício, intensificando o efeito multiplicador.
Para Inês Santiago, este é o momento crítico para que empresas fechem suas contas e acertem o ritmo do próximo ano: “O varejo é o setor que injeta e recebe de volta a maior parcela do 13º salário. É isso que garante movimento nas lojas, geração de empregos e estabilidade para o início do próximo ano.”

