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ECONOMIA

Varejo cai em maio ante abril por efeito da base de comparação elevada, afirma gerente do IBGE

Setor recuou 0,2% no mês, após topo histórico em março; juros altos afetam crédito, mas renda em alta alivia cenário

8 julho 2025 - 13h20Daniela Amorim
Comércio varejista registrou em março o maior nível de vendas desde 2000; quedas em abril e maio refletem efeito da base de comparação elevada.
Comércio varejista registrou em março o maior nível de vendas desde 2000; quedas em abril e maio refletem efeito da base de comparação elevada. - (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

A queda de 0,2% no comércio varejista brasileiro em maio ante abril foi o segundo recuo consecutivo. Em abril ante março, as vendas já tinham cedido 0,3%. Porém, o avanço de 0,8% do varejo em março ante fevereiro não foi uma alta qualquer, foi o topo da série histórica iniciada em 2000, lembrou Cristiano Santos, gerente da Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, 8. Ou seja, a queda em maio é efeito de uma base de comparação elevada, disse ele.

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"O pico da série está em março, então claro que é muito mais difícil crescer quando você já tem uma base alta. Então tem um efeito base", afirmou Santos, acrescentando que as últimas duas taxas negativas ficaram próximas da estabilidade. "É o segundo mês consecutivo com um dado muito próximo de zero, mas esse resultado muito próximo de zero tem viés negativo pelo segundo mês consecutivo", reconheceu.

O comércio varejista operava em maio apenas 0,5% abaixo do patamar recorde de vendas alcançado no mês de março de 2025.

No desempenho das vendas em maio, houve impacto negativo da concessão de crédito a pessoas físicas, sob influência da elevação na taxa de juros, citou Santos. Por outro lado, pressões inflacionárias arrefeceram nos últimos dois meses, influenciando positivamente o varejo, assim como a massa de renda em crescimento, completou.

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