
Investimento de R$ 155 milhões marca nova fase da Usina Laguna, que passou a produzir açúcar em Mato Grosso do Sul e reforçou a cogeração de energia limpa. Empresa espera processar 1,65 milhão de toneladas de cana na atual safra, com destaque para o açúcar destinado à exportação.

A Usina Laguna, localizada em Batayporã, a 305 km de Campo Grande, iniciou neste mês a produção de açúcar e consolidou um novo ciclo de investimentos que reforça sua presença no mercado e amplia sua atuação em energia limpa.
Com R$ 105 milhões aplicados na construção da nova planta industrial, a usina passou a fabricar açúcar tipo VHP (Very High Polarization), voltado à exportação. A estrutura tem capacidade para processar até 120 mil toneladas por ano e inclui um armazém que comporta 54 mil toneladas do produto.
Segundo o diretor comercial da empresa, Romildo Cunha, a iniciativa representa um avanço estratégico. “Com a entrada no mercado de açúcar, verticalizamos a operação a partir da cana-de-açúcar, consolidando nossa presença na região e contribuindo para o desenvolvimento sustentável do estado”, afirmou.
Além do açúcar, a usina segue investindo em bioeletricidade. O reaproveitamento do bagaço da cana já garantia autossuficiência energética, mas novos aportes permitiram elevar a geração para 75 mil MWh/ano. Desse total, 50 mil MWh são comercializados por meio do Sistema Interligado Nacional (SIN), reforçando a matriz de energia renovável do país.
A ampliação do sistema exigiu investimentos de R$ 50 milhões em uma nova linha de transmissão de 138 kV, com 11 quilômetros de extensão e equipamentos de última geração. O projeto melhora o aproveitamento do vapor gerado no processo industrial.
Com os investimentos, a Usina Laguna deve modificar o perfil da produção na safra atual, priorizando o açúcar, que passará a representar 55% do mix. O restante será voltado ao etanol. A expectativa para o ciclo 2025 é processar 1,65 milhão de toneladas de cana-de-açúcar, produzindo 120 mil toneladas de açúcar, 65 milhões de litros de etanol e 40 mil MWh de bioeletricidade.
A unidade já emprega cerca de 900 trabalhadores, com mão de obra concentrada nos municípios de Batayporã, Nova Andradina e Taquarussu.
