
Em reunião realizada neste fim de semana, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, discutiram a possibilidade de um novo acordo comercial entre a União Europeia e os EUA. A conversa reforçou o interesse mútuo em estreitar laços econômicos, mas também expôs divergências sobre os termos do possível entendimento.

“Somos as maiores economias do mundo. Se chegarmos a um acordo, será importante”, declarou Ursula no início do encontro, indicando que a negociação tem potencial para gerar impacto global. Ela também reconheceu o perfil firme de Trump nas negociações. “O presidente é conhecido como um negociador duro”, afirmou.
O presidente americano respondeu em tom semelhante, sinalizando disposição para o diálogo, mas ressaltando que busca um pacto mais vantajoso para seu país. “Temos boas relações com a União Europeia, mas queremos algo mais justo para os EUA”, disse Trump.
Pressão por reequilíbrio comercial
A busca por um novo arranjo comercial reflete o desejo da Casa Branca de reequilibrar as relações com seus principais parceiros. Trump tem adotado, desde o início de sua gestão, uma postura mais protecionista, cobrando maior abertura de mercados e eliminação de barreiras comerciais que, segundo ele, prejudicam a competitividade americana.
A União Europeia, por sua vez, tem adotado um tom cauteloso, priorizando negociações multilaterais e regras claras dentro do sistema de comércio internacional. Ainda assim, líderes europeus admitem a necessidade de revisar alguns aspectos das trocas com os EUA, especialmente diante da crescente pressão por mudanças no cenário geopolítico e econômico global.
Histórico de tensões e sinais de reaproximação
Nos últimos anos, as relações comerciais entre os dois blocos tiveram momentos de tensão, com disputas envolvendo tarifas sobre aço, alumínio, produtos agrícolas e subsídios à indústria aérea. Ainda assim, os EUA e a União Europeia continuam entre os maiores parceiros comerciais um do outro, com trocas bilaterais que ultrapassam US$ 1 trilhão por ano.
A reunião entre Ursula von der Leyen e Donald Trump é vista como um sinal de que há espaço para reaproximação, mesmo diante das diferenças. A expectativa é de que novos encontros aconteçam nas próximas semanas para aprofundar as discussões e definir os termos de um eventual acordo.
