
O governo do presidente Donald Trump intensificou neste domingo (14) a ofensiva judicial para afastar Lisa Cook, integrante do Conselho de Governadores do Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos. A administração republicana apresentou novo pedido de emergência ao Tribunal de Apelações do Distrito de Columbia, buscando autorização para demitir a dirigente a poucos dias da próxima decisão de política monetária, marcada para quarta-feira (18).

A defesa de Cook, no entanto, argumenta que não existem fundamentos legais para a demissão e alerta que a remoção poderia colocar em risco a estabilidade da economia norte-americana. Em documento protocolado no sábado (13), os advogados da diretora solicitaram ao tribunal que rejeitasse a iniciativa de Trump.
O governo alega que a economista estaria envolvida em fraude hipotecária, acusação que sua defesa nega. Já no domingo, a administração republicana respondeu oficialmente ao tribunal, classificando os argumentos apresentados pelos representantes de Cook como “sem base jurídica”.
A tentativa de afastar Lisa Cook reacendeu a discussão sobre a independência do Federal Reserve. A autoridade monetária dos EUA é frequentemente alvo de pressões políticas, especialmente em momentos de debate sobre juros e inflação. O movimento de Trump é visto como um esforço para ter maior influência sobre as decisões do banco central, que resiste a cortes mais agressivos nas taxas de juros.
O caso agora está nas mãos da corte de apelações, que deve se pronunciar em breve sobre a legalidade da ação do governo.
