Donald Trump voltou a questionar a precisão dos dados do relatório de criação de empregos nos Estados Unidos, o payroll, após a divulgação dos números desta sexta-feira (1º). Durante entrevista na Casa Branca, o presidente afirmou que os números não eram "legítimos" e insistiu na ideia de manipulação de dados, sem apresentar provas concretas.
Mais cedo, Trump anunciou a demissão de Erika McEntarfer, comissária do Departamento de Estatísticas de Trabalho (BLS), responsável pelo payroll, e nomeou William Wiatrowski como substituto interino. Trump justificou a decisão dizendo que agiu corretamente, e afirmou ter "três nomes em mente" para ocupar o cargo permanentemente.
O republicano também reiterou suas suspeitas sobre a manipulação de dados do payroll durante o processo eleitoral de 2020, sugerindo que os números teriam sido alterados para beneficiar a ex-vice-presidente Kamala Harris. Porém, Trump não forneceu provas para apoiar suas alegações.
A demissão de McEntarfer gerou críticas por parte de ex-comissários do BLS, que acusaram Trump de politizar os dados econômicos. William Beach e Erica L. Groshen, ex-comissários do BLS, defenderam que a integridade do cargo precisa ser preservada e pediram ao Congresso para investigar as razões por trás da demissão. Em um comunicado, ambos afirmaram que o processo de coleta de dados é descentralizado e transparente, com revisões nos dados anteriores para garantir a precisão. "A demissão enfraquece a credibilidade das estatísticas econômicas federais e prejudica a confiança pública", disseram.
