O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a defender neste fim de semana sua política de tarifas comerciais, após decisão de um tribunal de apelações que considerou ilegais partes significativas das medidas implementadas durante seu governo.
Em publicação no X (antigo Twitter), Trump afirmou que, sem as tarifas e os “trilhões de dólares já recebidos” por meio delas, os EUA estariam completamente destruídos e seu poderio militar teria sido “instantaneamente obliterado”.
O republicano criticou duramente o que chamou de “juízes da esquerda radical”, acusando-os de ignorar o impacto econômico e estratégico das medidas de proteção ao mercado americano. Ainda assim, destacou um magistrado democrata, nomeado pelo ex-presidente Barack Obama, que teria votado a favor da manutenção das tarifas. “Gostaria de agradecê-lo por sua coragem! Ele ama e respeita os EUA”, escreveu.
Decisão amplia tensão no comércio global
O tribunal de apelações manteve, na sexta-feira (29), decisão anterior que considerava ilegais pontos centrais da política tarifária de Trump. As tarifas atingiram diversas categorias de produtos importados, em especial da China, e foram justificadas pelo governo republicano como necessárias para equilibrar o comércio internacional e proteger a indústria local.
A medida, no entanto, foi contestada por empresas americanas e parceiros comerciais, que alegam prejuízos bilionários e distorções no comércio global. A decisão judicial reforça a incerteza sobre a continuidade da política tarifária, em um momento em que as disputas comerciais entre Washington e Pequim seguem em alta.
Tarifas como bandeira política
As tarifas foram um dos principais instrumentos de Trump para reforçar seu discurso nacionalista e de proteção à economia dos EUA. Para o republicano, a pressão sobre países concorrentes, especialmente a China, é fundamental para preservar empregos industriais e a soberania econômica americana.
A decisão judicial, entretanto, representa um revés em sua estratégia e deve alimentar novos embates políticos e econômicos em Washington, com possíveis repercussões no comércio internacional.
