
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (27) que existe “uma boa chance” de firmar um acordo com a China durante o aguardado encontro com o presidente Xi Jinping, marcado para esta quinta-feira (30). A declaração foi feita a bordo do avião presidencial, durante conversa com jornalistas.
“Temos a China vindo aí, e acho que vamos sair com um acordo”, declarou o republicano, adotando um tom otimista sobre a retomada das negociações entre as duas maiores economias do mundo.
O encontro entre os líderes ocorre em um momento crucial para as relações bilaterais, com temas sensíveis na pauta, como tarifas comerciais, o combate ao tráfico de fentanil, questões envolvendo o TikTok, além de compras agrícolas e o mercado de terras raras.
Visitas mútuas em negociação - Trump revelou ainda que pretende visitar a China no início de 2026, como parte de um esforço para aprofundar o diálogo bilateral. Segundo ele, Xi Jinping deverá retribuir a visita posteriormente, com encontros previstos “em Washington, Palm Beach ou algum outro lugar”.
“Combinamos que eu irei primeiro, e ele virá depois”, afirmou o presidente norte-americano.
Apesar do clima de otimismo, Trump preferiu não antecipar os detalhes dos possíveis termos do acordo, reforçando que o cenário pode mudar rapidamente. “O que entendemos ontem ou hoje pode não ser o mesmo em dois dias”, disse.
Outro tema que deve ganhar destaque nas conversas é o futuro do TikTok nos Estados Unidos. Trump indicou que um acordo final sobre o aplicativo de origem chinesa pode ser assinado já na próxima quinta-feira.
Segundo ele, já houve uma “aprovação provisória” por parte do presidente chinês. “Tivemos uma aprovação original do presidente Xi. Espero que tenhamos uma definitiva, mas prefiro esperar alguns dias para confirmar.”
Temas em pauta - O representante comercial dos EUA (USTR), Jamieson Greer, detalhou que as conversas preparatórias entre os dois governos abordaram questões tarifárias, segurança econômica, exportações de produtos agrícolas norte-americanos e o papel das terras raras — insumos estratégicos para a indústria tecnológica.
Greer ressaltou, no entanto, que “nada foi acordado até agora” e que o foco é construir um entendimento sólido e transparente entre as partes.
A possível reaproximação entre EUA e China marca um movimento importante no xadrez geopolítico global, especialmente após anos de tensão comercial entre os países. As declarações de Trump indicam que, ao menos publicamente, há disposição política para um novo ciclo de cooperação — ainda que com ressalvas.
