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14 de novembro de 2025 - 10h19
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RENDA

Sete em cada dez trabalhadores conseguem pagar contas essenciais, aponta FGV

Pesquisa mostra que maioria da população tem arcado com gastos básicos, mas alerta para impacto das dívidas e risco de desaceleração

14 novembro 2025 - 08h45Daniela Amorim
Sete em cada dez brasileiros afirmam conseguir pagar despesas essenciais com a renda atual, segundo FGV
Sete em cada dez brasileiros afirmam conseguir pagar despesas essenciais com a renda atual, segundo FGV - (Foto: Reprodução)

Sete em cada dez trabalhadores brasileiros afirmaram ter conseguido pagar suas despesas essenciais nos últimos três meses com a renda atual. O dado, que representa 70,1% dos entrevistados, foi divulgado nesta quinta-feira (14) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), por meio da Sondagem do Mercado de Trabalho de outubro, realizada pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV).

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De acordo com a pesquisa, esse é o melhor resultado desde que a série começou, o que, segundo os economistas da FGV, reflete a melhora no mercado de trabalho. “A evolução favorável do mercado de trabalho nos últimos meses tem indicado não só uma melhora na geração de vagas, mas também um aumento da renda média. Essa elevação salarial parece se refletir no indicador de percepção sobre a renda”, destacou Rodolpho Tobler, economista do Ibre/FGV.

A sondagem considera como despesas essenciais aquelas relacionadas à moradia, alimentação, educação e saúde. Apesar do resultado positivo, a pesquisa também indica pontos de atenção.

Alimentação segue como principal peso no orçamento - Questionados sobre os gastos que mais impactam o orçamento familiar, 73,9% dos entrevistados apontaram a alimentação como o principal fator de pressão nas finanças. Em seguida, aparecem aluguel ou financiamento de moradia (43,1%) e contas de serviços públicos, como água e eletricidade (41,2%).

Despesas com saúde também foram lembradas por 31,9% dos trabalhadores, enquanto 21% mencionaram dívidas entre os maiores pesares do orçamento doméstico.

Segundo Tobler, o alívio recente da inflação pode ter ajudado a melhorar a percepção dos trabalhadores sobre sua capacidade de pagar as contas. “Com um cenário inflacionário menos pressionado, esse alívio pode ter contribuído para melhorar a percepção geral sobre a renda”, explicou.

Satisfação com o trabalho tem leve melhora - Outro aspecto abordado na sondagem da FGV foi a satisfação com o trabalho atual. A proporção de pessoas muito satisfeitas com o emprego principal aumentou de 14,1% em setembro para 14,3% em outubro. Já o número de satisfeitos passou de 62,2% para 62,6%, e os insatisfeitos caíram de 6,8% para 6,1%.

Expectativa é de estabilidade ou queda no otimismo - Apesar do cenário atual mais positivo, a FGV alerta que a percepção de renda pode não continuar avançando. Isso porque a expectativa para os próximos meses é de desaceleração da economia e possível enfraquecimento do mercado de trabalho.

“Destaca-se o fato de que mais de 20% das pessoas apontam as dívidas como uma das despesas mais relevantes no orçamento. Para os próximos meses, não é esperado que os indicadores de percepção sobre a renda mantenham o ritmo de melhora observado até aqui”, concluiu o economista da FGV.

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