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A senadora Tereza Cristina (PP-MS) defendeu nesta quarta-feira (27), em Brasília, uma nova fase de reformas trabalhistas. Segundo ela, o Brasil precisa atualizar as leis para acompanhar a realidade de quem trabalha por conta própria, com mais flexibilidade e menos vínculo formal — como motoristas, entregadores e pequenos empreendedores.

Durante o Seminário Econômico LIDE, a senadora afirmou que é urgente incluir esses trabalhadores nas políticas públicas. “O Brasil precisa olhar para o futuro do trabalho com coragem”, disse. “Não é justo que a legislação continue ignorando formas legítimas de ocupação.”
Segundo Tereza Cristina, muitas pessoas já não buscam o emprego tradicional com carteira assinada, mas nem por isso devem ser tratadas como invisíveis. “O que antes era visto como bico hoje é escolha de vida. Essa escolha precisa de proteção”, explicou. Ela defendeu uma reforma que não tire direitos, mas que amplie o acesso a eles. “A lei tem que ser ponte, e não muro”, afirmou.
Assista na íntegra a apresentação de Tereza Cristina, Senadora (PP-MS):
Uma geração que pensa diferente - A senadora falou também sobre os jovens e a nova forma de encarar o trabalho. “Temos uma geração inteira que pensa diferente. Quer mais liberdade, quer empreender, quer usar a tecnologia. Não dá para ignorar isso.”
Na visão dela, é preciso criar caminhos para que trabalhadores informais possam ter acesso à aposentadoria, crédito e qualificação. “Não estamos falando de tirar direitos de ninguém, mas de garantir algum direito para quem hoje não tem nenhum”, afirmou.
Ela propôs que o Congresso Nacional abra espaço para esse debate com foco na realidade do país. “A legislação trabalhista foi pensada para o século passado. O mundo mudou, o trabalho mudou. Está na hora da lei mudar também.”
Segurança para todos - Tereza Cristina também destacou que a insegurança jurídica prejudica tanto empresas quanto trabalhadores. Ela defendeu regras claras para formas de trabalho como a pejotização, que é quando uma pessoa presta serviço como empresa.
“O setor produtivo precisa de estabilidade, e o trabalhador precisa de proteção. Só assim todos ganham”, não declarou.
O seminário reuniu juristas, empresários, representantes do setor produtivo e outras autoridades. Entre os temas discutidos estavam a formalização do trabalho, a modernização das leis e o impacto das plataformas digitais na economia.
Segundo a senadora, o mais importante é garantir dignidade para quem trabalha, independente da forma. “Não é sobre modelo. É sobre gente. E a gente precisa de leis que enxerguem todas as formas de trabalho.”
