Na última quarta-feira (3), empresários do Brasil e do Chile se encontraram na Casa da Indústria, em Campo Grande (MS), para conversar, trocar contatos e pensar em negócios. O encontro teve um motivo especial: a Rota Bioceânica, uma estrada que está sendo construída para ligar o Mato Grosso do Sul ao Chile, passando por Paraguai e Argentina.
A ideia é simples: ajudar empresas brasileiras a vender seus produtos em outros países. E isso inclui coisas bem conhecidas por quem mora em MS, como o tereré, a carne e até passeios em fazendas.
Cerca de 80 empresas participaram da iniciativa promovida pela Semadesc, Sebrae/MS e Sistema Fiems
O evento foi organizado pela Semadesc, Sebrae/MS e Sistema Fiems, e juntou cerca de 80 empresas. Deu tão certo que gerou mais de R$ 11 milhões em expectativa de negócios.
Segundo Isabella Montello, do Sebrae/MS, o objetivo foi aproximar os empresários. “Eles puderam conversar, trocar ideias e descobrir como seus produtos podem chegar a novos mercados”, explicou.
Rayane Cardoso, de uma empresa que trabalha no Brasil e no Chile, contou que aproveitou muito a chance. “Conhecemos empresas dos dois lados e isso ajuda muito a fazer parcerias.”
Luís Gustavo Azarias, que trabalha com criação de sites e aplicativos, também participou. “A gente faz produtos sob medida, então foi ótimo conhecer outras empresas que podem virar nossos clientes.”
Empreendedores tiveram a oportunidade de apresentar, uns para os outros, os produtos e serviços que oferecem.
Até quem trabalha com turismo rural achou boas oportunidades. Margarete Regina, que comanda a Pontal das Águas, contou que foi buscar contatos na área do turismo, mas saiu com mais do que isso. “Conheci até fornecedor de sal para gado. Foi ótimo!”
Além dessas conversas entre empresas, o encontro teve reuniões entre autoridades do Brasil e do Chile para facilitar ainda mais a troca de produtos e serviços entre os dois países.
Quando a Rota Bioceânica estiver pronta, o caminho do Mato Grosso do Sul até os portos do Chile ficará mais rápido e barato. Isso vai permitir que produtos como o tereré, a carne e o queijo sul-mato-grossenses cheguem mais longe — e que empresas da região cresçam e contratem mais gente.
É o começo de um novo tempo. Um tempo em que o que é feito em MS pode ganhar o mundo — começando pela estrada que leva direto ao oceano Pacífico.
