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EM QUEDA

Taxas de juros têm forte recuo com Fitch, primário e dólar

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 fechou com taxa de 4,99%, de 4,996% no ajuste de quarta-feira

27 maio 2021 - 17h15
Estudo do Ministério da Economia aponta que foram economizados bilhões em juros nos últimos 50 meses.
Estudo do Ministério da Economia aponta que foram economizados bilhões em juros nos últimos 50 meses. - ( Foto: Washington Costa/ME)

As taxas de juros encerraram a sessão desta quinta-feira em baixas expressivas, à medida que um conjunto de fatores provocou a retirada consistente de prêmios na curva. Primeiro, logo cedo, o dólar em queda ante o real, diminuindo o temor com pressões inflacionárias. Depois, o superávit primário de abril perto do teto do consenso corroborando com comentários benignos da Fitch sobre o cumprimento do teto de gastos este ano.

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A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 fechou com taxa de 4,99%, de 4,996% no ajuste de quarta-feira. O janeiro 2023 recuou de 6,653% a 6,580%. O janeiro 2025 cedeu de 8,065% a 7,89%. E o janeiro 2027 caiu de 8,684% a 8,52%.

A queda do dólar vinha desde a manhã, em meio a comentários sobre a entrada de fluxo no País. Assim, uma fonte de pressão às taxas já estava descartada logo cedo. Depois, o primeiro leilão do Tesouro após a revisão do Plano Anual de Financiamento (PAF), no qual foi feito um ajuste para menor exposição em prefixado e maior em títulos atrelados à inflação e juro.

No começo da tarde, enquanto o mercado esperava o resultado primário, a Fitch reafirmou o rating 'BB-' do Brasil e manteve a perspectiva negativa para a nota do País. Apesar de reconhecer que a dificuldade na consolidação fiscal do País, a agência sublinhou que enxerga um cenário de cumprimento do teto de gastos e vê espaço para queda do porcentual do déficit primário em relação ao Produto Interno Bruno (PIB) a 7,4%.

De certa forma, a nota do Tesouro, publicada meia hora depois da ação de rating da Fitch, sustentou a visão da agência. Abril registrou superávit de R$ 16,492 bilhões, o melhor desempenho para o mês desde 2014. A mediana do mercado estava em R$ 8,5 bilhões, de um intervalo que ia de déficit de R$ 18,800 bilhões a saldo positivo de R$ 17,800 bilhões. O resultado se amparou em uma arrecadação forte de tributos federais. O primário em relação ao PIB cedeu de 9,5% no acumulado em 12 meses até março para 7,9%.

Na visão do secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, o crescimento real de 52,2% das receitas em abril em relação a igual mês do ano passado não decorre apenas da base de comparação deprimida de 2020. No acumulado do ano, houve alta real de 16,6% nas receitas totais. "É inegável que há um componente expressivo de recuperação econômica nas receitas", argumentou.

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