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A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de manter a taxa Selic em 13,75% ao ano foi recebida com críticas pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul (Fiems), Sérgio Longen. Ele expressou preocupação com o impacto dessa decisão sobre a sobrevivência das empresas brasileiras, especialmente em um momento em que a economia enfrenta desafios.
Impacto sobre as empresas
Longen destacou que a manutenção da taxa de juros em um patamar elevado resultará em custos adicionais para o país, dificultando a recuperação da atividade econômica e inibindo investimentos.
"O que preocupa não é a decisão pura e simples do Copom, mas a situação das empresas, que não estão mais conseguindo pagar os juros nesses patamares", afirmou Longen. Ele acrescentou que, apesar dos esforços nacionais para conter a inflação e reduzir os preços de combustíveis e matérias-primas, a taxa de juros permanece elevada.
Empresas em risco
A manutenção da Selic, segundo Longen, leva as empresas a enfrentar inadimplência. Ele comparou a situação a "manter a pessoa que está se afogando embaixo da água", referindo-se às empresas como "reféns da decisão técnica de meia dúzia de pessoas".
Taxa de juros real
Longen também destacou que a taxa de juros real, descontando a inflação, está próxima de 10% ao ano, o que coloca o Brasil como o país com a maior taxa de juros reais do mundo. Ele enfatizou que a manutenção da Selic no atual patamar é desnecessária para o controle da inflação e traz problemas adicionais à economia.
