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Tarifa dos EUA sobre carne brasileira já causa menos prejuízo, diz Abiec

Estimativa de perdas cai de US$ 1 bilhão para US$ 300 milhões com diversificação de mercados; México ganha força como parceiro

9 setembro 2025 - 22h02Ricardo Eugenio
Abiec reduz de US$ 1 bi para US$ 300 mi a estimativa de perdas com tarifa dos EUA sobre carne brasileira
Abiec reduz de US$ 1 bi para US$ 300 mi a estimativa de perdas com tarifa dos EUA sobre carne brasileira - (Foto: Semadesc)
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A estimativa de prejuízo com as tarifas dos Estados Unidos sobre a carne bovina brasileira caiu 70%. Segundo Roberto Perosa, presidente da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes), as perdas, que chegaram a ser projetadas em US$ 1 bilhão, agora estão em US$ 300 milhões. O anúncio foi feito nesta terça-feira (9.set.2025), durante conversa com jornalistas em Brasília.

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O motivo para esse “alívio” é a abertura de novos mercados. Segundo Perosa, embora os EUA sigam sendo um dos destinos mais importantes da carne brasileira, o produto não ficará encalhado. “Essa carne vai ser revendida em algum outro local, mas com o preço abaixo do que ela era vendida nos Estados Unidos”, disse.

Mesmo com uma tarifa de 50% ainda em vigor, o setor não pretende abandonar o mercado americano. “É o nosso segundo maior mercado. Seria muito prejudicial perder esse destino que tem alta rentabilidade”, alertou. Para ele, é preciso manter as negociações para evitar perdas maiores no futuro.

Um dos países que ganhou protagonismo nesse cenário foi o México. Perosa destacou que os mexicanos ampliaram significativamente suas compras do Brasil e podem servir como ponte para outros mercados. Graças ao T-MEC — o acordo comercial entre México, Estados Unidos e Canadá —, o país tem acesso preferencial ao mercado norte-americano.

Segundo a Abiec, em agosto de 2025, o México se tornou o segundo maior comprador da carne brasileira, com 80,9 mil toneladas acumuladas no ano. O país também pode revender parte desse volume para destinos como Japão e Coreia do Sul.

“A gente não chama de triangulação, mas sim de oportunidade de mercado”, afirmou Perosa.

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