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ECONOMIA

Tarcísio de Freitas alerta sobre problemas fiscais do Brasil e a trajetória da dívida pública

Governador de São Paulo defende flexibilização de gastos e revisão de benefícios tributários para melhorar a saúde fiscal do país

18 agosto 2025 - 20h00Caroline Aragaki e Eduardo Laguna
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. - (Foto: Werther Santana/Estadão)

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, destacou nesta segunda-feira, 18, durante o evento Warren Day, que o principal desafio fiscal do Brasil é a trajetória crescente da dívida pública. Ele enfatizou que o alto gasto público compromete o futuro das próximas gerações, uma vez que os governos que gastam demais acabam emitindo mais dívida ou moeda, o que impacta diretamente na inflação e nas taxas de juros.

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“Quando o governo gasta demais, estamos falando de aumento de impostos, que afeta a produtividade e impede o crescimento”, resumiu Tarcísio, explicando que o problema fiscal é uma questão central para o futuro econômico do país.

O governador também abordou a vinculação de receitas ao Orçamento, citando as exigências constitucionais para gastos com educação e saúde, que definem percentuais fixos. Ele argumentou que essa rigidez não leva em conta mudanças demográficas, como o envelhecimento da população e a queda no número de matrículas nas escolas, o que torna o cumprimento desses pisos desafiador. Para Tarcísio, flexibilizar esses percentuais e redirecionar recursos, especialmente para a saúde, seria uma solução.

Outra proposta apresentada por Tarcísio foi a desindexação de despesas no orçamento. Ele destacou que a economia do país está excessivamente indexada, o que gera dificuldades para ajustar os gastos.

Por fim, o governador reforçou que, em São Paulo, já foi adotada a revisão de benefícios tributários como uma forma de promover mais equilíbrio fiscal, sugerindo que esse tipo de medida também pode ser um caminho para o Brasil.

As declarações fazem parte do esforço do governador em promover um debate sobre a necessidade de reformas fiscais para garantir um futuro econômico mais sustentável para o país.

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