
Começou nesta semana a produção própria de ácido sulfúrico na Suzano em Ribas do Rio Pardo, a 90 km de Campo Grande. Com isso, a fábrica se torna autossuficiente nesse insumo essencial para o branqueamento da celulose e o tratamento de água e efluentes. A iniciativa faz parte de um projeto sustentável que utiliza Gases Não Condensáveis Concentrados (GNCC) no processo, reduzindo custos, impactos ambientais e a dependência de fornecedores externos.

A unidade atingiu sua capacidade máxima de produção em apenas nove dias e, em 22 dias, o ácido sulfúrico produzido já estava dentro das especificações desejadas. Além da vantagem operacional, a produção interna elimina a necessidade de transporte rodoviário do insumo, reduzindo a emissão de poluentes e garantindo maior controle sobre a qualidade do produto.
De acordo com Leonardo Mendonça Pimenta, diretor de Operações Industriais da Suzano em Ribas do Rio Pardo, a nova planta é um avanço para a fábrica, que já se destaca como uma das mais modernas e sustentáveis do mundo.
“A Suzano busca constantemente inovação e eficiência operacional. Com essa tecnologia, conseguimos reduzir custos, minimizar impactos ambientais e valorizar subprodutos da produção de celulose. Isso reforça nosso compromisso com a sustentabilidade e a economia circular”, explicou.
A conversão de GNCC em ácido sulfúrico reduz o consumo de enxofre elementar, melhora as emissões atmosféricas e contribui para um processo mais limpo e eficiente. A produção própria também gera economia, pois elimina a necessidade de compra e transporte do insumo, fortalecendo a autossuficiência da operação.
Considerado o maior empreendimento dos 101 anos de história da Suzano, a unidade de Ribas do Rio Pardo foi inaugurada em 2024 e se tornou a maior linha única de produção de celulose do mundo. O projeto recebeu um investimento de R$ 22,2 bilhões, elevando a capacidade produtiva da empresa para 13,5 milhões de toneladas anuais, um aumento de 20%.
Atualmente, cerca de 3 mil pessoas atuam na unidade, que também se destaca por sua eficiência logística. O raio médio estrutural entre a base florestal e a fábrica é de apenas 65 quilômetros, o que reduz custos e impactos ambientais no transporte da matéria-prima.
Além da autossuficiência na produção de ácido sulfúrico, a unidade também gera seu próprio peróxido de hidrogênio e energia renovável, exportando cerca de 180 megawatts (MW) médios para o Sistema Interligado Nacional (SIN).
