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TRANSPORTE ALTERNATIVO

Sob sigilo, Uber começa a cadastrar motoristas e pode começar a funcionar em setembro na Capital

Até os taxistas, que na maioria das cidades brasileiras são contra o serviço, estão divulgando a chegada do Uber na cidade

30 agosto 2016 - 17h05Helton Davis
O serviço do Uber é feito por um aplicativo que permite que motoristas particulares trabalhem usando o próprio carro, desde que siga regras pré-definidas pela empresa
O serviço do Uber é feito por um aplicativo que permite que motoristas particulares trabalhem usando o próprio carro, desde que siga regras pré-definidas pela empresa - Reprodução/site Uber

O Uber, aplicativo de transporte privado, está próximo de iniciar seus serviços em Campo Grande. Desde ontem (29) no Hotel Deville, representantes da empresa se reúnem com interessados em serem motoristas do serviço na Capital. Até os taxistas, que na maioria das cidades brasileiras são contra o serviço, estão divulgando a chegada do Uber na cidade.

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Segundo taxistas que não quiseram se identificar por receio de represálias, o primeiro encontro reuniu 65 taxistas auxiliares, aqueles que não têm alvará próprio, que ouviram explicações sobre o funcionamento do aplicativo e receberam a promessa de que em um mês as corridas começam em Campo Grande.

Conforme nota emitida na manhã de hoje (30), a empresa Uber negou que o serviço vai começar a operar no mês que vem, porém confirmou que está com uma equipe na cidade para ‘buscar talentos’ e compartilhar informações com os interessados em utilizar a plataforma como uma nova oportunidade de renda. A assessoria de imprensa, entretanto, ressaltou que a movimentação "não significa a entrada do aplicativo em Campo Grande" e que ações do tipo acontecem constantemente em várias outras cidades.

O serviço do Uber é feito por um aplicativo que permite que motoristas particulares trabalhem usando o próprio carro, desde que sigam regras pré-definidas pela empresa.

Para se cadastrar na Uber, basta ter uma CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e os documentos do carro em dia, além de atender outras normas e regras. Entre os requisitos estão veículo em ótimo estado e com pelo menos quatro portas, o motorista deve ser profissional e não ter antecedentes criminais. Os profissionais são pagos na semana seguinte às viagens realizadas.

Muitas vezes, a corrida do Uber fica mais barata do que o táxi, pois o serviço não possui “bandeiras”, mas preço dinâmico, quando muitas pessoas estiverem pedindo um Uber e não houver motoristas suficientes, a tarifa ganha um multiplicador, tornando-se mais atrativa para o consumidor.

Em várias cidades, o aplicativo que conecta motoristas e passageiros e barateia o preço das corridas deixou um rastro de revolta entre os taxistas, que reclamam de concorrência desleal, falta de direitos trabalhistas e chegam a agredir motoristas do Uber.

Em Mato Grosso do Sul, projetos chegaram a ser propostos para vetar a regulamentação do aplicativo na Capital. O da Câmara Municipal, proposto pelo vereador e candidato a prefeito Marcos Alex (PT) em outubro de 2015, ainda está em tramitação. Já na Assembleia Legislativa foi aprovada uma lei que proibia o transporte remunerado de passageiros em carros particulares, mas o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) vetou a proposta.

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