
Uma operação internacional iniciada na Argentina resultou no bloqueio de mais de 30 plataformas de streaming piratas com atuação no Brasil. Desde o último sábado (1º), serviços como My Family Cinema e Eppi Cinema saíram do ar, deixando milhares de usuários sem acesso aos conteúdos — e, em alguns casos, com prejuízo financeiro.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) confirmou ao Estadão que a medida foi consequência de uma ação judicial movida em setembro pela Aliança Contra a Pirataria Audiovisual (Alianza), mas informou que não participou diretamente do processo.
O impacto foi global, atingindo usuários também na Argentina, México, África do Sul e outros países. As plataformas, conhecidas por operar via TV Box pirata, ofereciam acesso ilegal a filmes, séries e canais de televisão.
A mensagem de despedida enviada pela My Family Cinema aos assinantes circulou nas redes sociais: "Devido a questões de direitos autorais, esta marca deve encerrar permanentemente seus serviços. Agradecemos sinceramente pela sua confiança e apoio ao longo dos anos."
No site Reclame Aqui, usuários relataram o encerramento abrupto dos serviços e cobraram reembolsos, mesmo sabendo da natureza ilegal das plataformas.
A Anatel alerta para os perigos do uso de dispositivos não homologados, como os TV Boxes piratas. Entre 2018 e 2025, foram apreendidos 1,5 milhão desses aparelhos no Brasil. Desde setembro de 2023, a agência já bloqueou 24.700 IPs e 4.428 domínios ligados a pirataria audiovisual.
Além da violação de direitos autorais, a Anatel destaca que esses dispositivos podem:
- Interferir em aparelhos eletrônicos legítimos;
 - Facilitar ataques hackers e roubo de dados;
 - Servir como ponte para ataques cibernéticos coordenados, como DDoS.
 
A orientação é que os consumidores verifiquem a homologação dos aparelhos no site da Anatel antes da compra, para garantir segurança e legalidade.
				
				
				
					
				
				
				
				
				
			

						