Apesar do avanço no número de empregos formais e da alta de 9% no salário médio mensal em Mato Grosso do Sul, dados de 2023 divulgados nesta quinta-feira (13), mostram que as desigualdades de gênero e escolaridade continuam marcando o mercado de trabalho. O valor médio pago pelas empresas foi de R$ 3.589,58, o equivalente a 2,8 salários mínimos, colocando o Estado na 4ª posição nacional no ranking de remuneração.
No total, 981.681 pessoas estavam ocupadas no estado, entre assalariados, sócios e proprietários, um aumento de 6,6% em relação ao ano anterior. Já o número de empresas ativas chegou a 128,3 mil, com crescimento de 7,2% sobre 2022.
Entre os setores, a administração pública lidera com os salários mais altos: R$ 5.784,03, seguida por educação e energia, ambas com remuneração média superior a R$ 5,2 mil. Em contrapartida, áreas como alojamento e alimentação registram os menores salários, abaixo de R$ 2 mil.
A escolaridade segue sendo fator determinante. Enquanto trabalhadores com ensino superior receberam em média R$ 7.079,03, quem não possui esse nível de formação teve salário médio de R$ 2.443,31, diferença de quase três vezes. Apenas 23,9% dos trabalhadores formais têm ensino superior.
Outro dado relevante é a diferença de rendimento entre homens e mulheres. Em 2023, eles ganharam em média R$ 3.693,73 contra R$ 3.476,26 delas, uma diferença de 6,2%, superior à registrada em 2022.
Quando o recorte é por porte das empresas, aquelas com mais de 250 funcionários, apenas 0,2% do total, concentram quase metade dos assalariados e respondem por dois terços de toda a massa salarial do estado, com média de R$ 5.172,06.
O comércio e a administração pública seguem liderando em número de empresas, empregos e massa salarial. Campo Grande, com 37,5% das unidades locais, e Dourados, com 10%, são os municípios que mais concentram empresas e empregos.
