
Um alerta sobre os rumos da economia europeia ganhou destaque nesta semana após a declaração do economista Robin Brooks, que afirmou que "um grande choque deflacionário está chegando à União Europeia". O comentário foi publicado em sua conta na rede social X (antigo Twitter) e chama atenção para o impacto crescente do comércio com a China, sobretudo no setor automotivo.
Segundo Brooks, a China passou de um histórico déficit para um superávit comercial com a União Europeia em carros, o que ele considera um sinal de desequilíbrio relevante. Para o economista, a resposta do Banco Central Europeu (BCE) deve ser clara: “O mais importante é que o BCE reconheça isso e reduza as taxas de juros de forma agressiva. Um euro mais fraco ajudará”.
O economista, que atua junto à Brookings Institution e já teve passagens pelo Goldman Sachs e pelo Instituto de Finanças Internacionais (IIF), reforça a necessidade de ação rápida para evitar que os efeitos desse desequilíbrio levem a uma deflação prolongada no bloco europeu.
A declaração vem logo após a decisão do BCE de manter as taxas básicas de juros inalteradas pela terceira reunião consecutiva, diante de sinais de inflação controlada e dados econômicos acima do esperado na zona do euro.

