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NACIONAL

INSS vai devolver valores de descontos irregulares diretamente na conta dos aposentados

Mais de 4 milhões de beneficiários foram atingidos por cobranças indevidas; plano de ressarcimento está em fase final; MS foi alvo de operação que descobriu rombo bilionário

6 maio 2025 - 10h35Mateus Cerqueira
Ressarcimento será feito diretamente na conta usada para o benefício previdenciário, afirma presidente do INSS
Ressarcimento será feito diretamente na conta usada para o benefício previdenciário, afirma presidente do INSS - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Aposentados e pensionistas vítimas de descontos indevidos no INSS vão receber o ressarcimento diretamente na conta em que recebem o benefício, sem precisar entrar com pedido ou realizar qualquer tipo de cadastro. A informação foi confirmada nesta terça-feira (6) pelo presidente do instituto, Gilberto Waller Júnior, em entrevista à Rádio CBN.

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“Será feito via benefício. Nada de Pix, nada de depósito separado ou saque no banco. O dinheiro entra na mesma conta usada pelo INSS”, reforçou Waller, destacando que a devolução ocorrerá de forma automática, em folha, sem burocracia.

O presidente do INSS fez um alerta para que os segurados não caiam em golpes. Segundo ele, qualquer mensagem prometendo liberação por Pix ou exigindo confirmação de dados deve ser ignorada.
“Não assine nada, não clique em link e não confie em quem oferece facilidades. O pagamento legítimo será feito pelo Estado, na conta oficial”, afirmou.

O plano de ressarcimento ainda está em fase de finalização e deve ser apresentado até a próxima semana. Apesar da pressão feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para acelerar os pagamentos, os valores ainda não começaram a ser liberados.

De acordo com o INSS, mais de 4,1 milhões de beneficiários foram afetados entre 2019 e 2024, acumulando prejuízos que chegam a R$ 6,3 bilhões. As investigações identificaram que entidades sindicais cadastravam pessoas sem autorização para cobrar mensalidades diretamente da aposentadoria ou pensão.

O esquema também envolvia servidores públicos que recebiam propina para liberar dados dos beneficiários, permitindo os descontos automáticos sem consentimento.

O governo federal planeja cobrar o reembolso das empresas e entidades envolvidas, mas já admite que, caso os recursos não sejam recuperados, a administração pública poderá arcar com os pagamentos para os segurados lesados.

Essas decisões ocorrem em meio à Operação Sem Desconto, deflagrada em 23 de abril pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU), que investiga um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões. A operação cumpriu mandados em Campo Grande (MS) e em outros 12 estados, resultando em três prisões em Sergipe.

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