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DIEESE

Custo da cesta básica recua em 11 capitais, mas ainda pesa no bolso do trabalhador

SP mantém o valor mais alto entre as capitais; tempo de trabalho necessário para compra dos alimentos essenciais também caiu levemente

8 julho 2025 - 11h15Anna Scabello
Custo da cesta básica teve queda pontual em junho, mas segue elevado no acumulado de 2025
Custo da cesta básica teve queda pontual em junho, mas segue elevado no acumulado de 2025 - (Foto: Felipe Ribeiro/A Crítica)

Preço médio da cesta básica apresentou queda em 11 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no mês de junho de 2025. As maiores reduções foram verificadas em Aracaju (-3,84%), Belém (-2,39%) e Goiânia (-1,90%). Por outro lado, Porto Alegre (1,50%) e Florianópolis (1,04%) registraram os maiores aumentos.

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Apesar da redução pontual, os dados do Dieese mostram que, no acumulado entre dezembro de 2024 e junho de 2025, todas as capitais analisadas apresentaram aumento no preço da cesta básica. Fortaleza lidera esse avanço, com alta de 9,10% no período.

A capital paulista segue com a cesta mais cara do país, custando R$ 882,76. Florianópolis (R$ 867,83) e Rio de Janeiro (R$ 843,27) aparecem logo em seguida. Já os menores valores foram registrados no Norte e Nordeste, como em Aracaju (R$ 557,28) e Salvador (R$ 623,85).

Com base no custo da cesta mais elevada, o Dieese calcula mensalmente o valor do salário mínimo ideal para sustentar uma família de quatro pessoas. Em junho, o valor estimado foi de R$ 7.416,07 — o equivalente a 4,89 vezes o salário mínimo vigente, que é de R$ 1.518,00. Em abril, esse valor estimado era ainda mais alto, R$ 7.528,56.

Trabalhadores que recebem o piso nacional precisaram de 107 horas e 10 minutos de trabalho para comprar a cesta básica em junho, uma redução de 31 minutos em relação a maio. O percentual do salário líquido comprometido com a compra de alimentos também teve leve recuo, passando de 52,93% para 52,66%.

Entre os itens que ajudaram a puxar a queda dos preços em junho, destacam-se a batata, o arroz agulhinha, o óleo de soja, o açúcar, o leite integral, a carne bovina de primeira e o café. Esses produtos apresentaram recuos em boa parte das capitais pesquisadas.

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