
Na última quarta-feira (15), o Procon/SP pediu ao Banco Central a suspensão temporária do Pix até a adoção de novas medidas de segurança. O órgão de defesa do consumidor teme um aumento ainda maior dos crimes envolvendo a plataforma. O Procon/MS destaca que é importante que o usuário fique atento aos golpes que acontecem no Estado.

Segundo o superintendente do órgão, Marcelo Salomão, a prática mais comum usada pelos estelionatários para conseguir transferências por Pix, é a do telefone clonado. “Eles analisam as conversas do usuário e começam a pedir dinheiro emprestado, bloqueando o telefone para que a vítima não consiga identificar. O mais importante, para evitar a clonagem, é fazer com que o seu telefone tenha duas etapas de confirmação”, disse. No caso de dúvida, o superintendente orienta o consumidor a certificar se a pessoa que está do outro lado da linha é ela mesma, marcando um encontro presencial para então fazer o Pix. "Não faça transferência por impulso, marque presencialmente. Se cerque de todas as garantias para que você não caia no golpe do empréstimo do Pix do telefone clonado. Clonagem do telefone é o primeiro passo para os estelionatários”, alertou.
O superintendente também destaca outro golpe muito comum nos últimos anos, aplicado através de links compartilhados pelo Whatsapp, ou outras redes sociais. “Eles mandam o link para baixar um aplicativo, como se fosse um vendedor, uma empresa ou até mesmo um amigo e, esse link, é um vírus que vai entrar nesse telefone e ver todos os dados e informações, inclusive se estiver gravado em seu celular, suas senhas bancárias. Ele vai conseguir entrar na sua conta e fazer a transferência. Então, não baixe links sem antes se certificar se ele é verdadeiro e não é uma fraude”, disse.
Caso o consumidor tenha feito alguma transferência de Pix, após cair em golpe, o superintendente orienta para que procure a delegacia de polícia, registre o boletim de ocorrência e, posteriormente, formalize uma reclamação no Procon/MS. “Faça uma reclamação junto a superintendência para que possamos defender o consumidor e localizar esses estelionatários junto com a Delegacia do Consumidor”, disse.
O Banco Central anunciou novas regras da plataforma, como o limite de R$ 1 mil para transferências noturnas, o saque e o troco. Mas as mudanças não agradaram o Procon-SP.
O Procon/SP não é o único a questionar o Banco Central sobre o tema. No fim do último mês, o deputado federal Lucas Vergílio (Solidariedade/GO) protocolou um requerimento de informações sobre as ações do BC para evitar fraudes no sistema de pagamento. O pedido é dirigido ao ministro da Economia, Paulo Guedes, e foi enviado ao presidenta da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
