
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deixou claro nesta terça-feira, 5, que o Brasil não cederá à pressão de multinacionais para privatizar o sistema de pagamentos instantâneos, o Pix. Durante a abertura da 5ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), no Palácio Itamaraty, o ministro enfatizou que o Pix é uma tecnologia soberana e que "não há custo para o cidadão".

"Está fora de cogitação privatizar algo que não tem custo para o cidadão. Não tem custo", afirmou Haddad, destacando que o sistema de pagamentos instantâneos é um exemplo de sucesso de inovação tecnológica no Brasil e que está chamando a atenção de outros países.
Pix: Uma tecnologia soberana brasileira - Segundo Haddad, o Pix tem uma maturidade que "incomoda" alguns países e empresas, mas o Brasil deve manter o controle sobre essa tecnologia, sem abrir mão de sua soberania digital. O ministro ressaltou que o sistema de pagamentos é uma das grandes conquistas do país na área tecnológica e que o Brasil não pode nem "sonhar" em privatizar um sistema que tem dado tão bons resultados.
O ministro também comentou sobre as oportunidades de investimentos em minerais críticos e o futuro do Brasil na produção de baterias eficientes e painéis solares. Haddad afirmou que o Brasil está bem posicionado para atrair parcerias que tragam benefícios múltiplos, especialmente em relação aos Estados Unidos.
"Estamos buscando parcerias concretas com benefícios múltiplos. São várias as oportunidades de cooperação que estão na mesa", declarou, destacando o potencial do Brasil para liderar a produção de tecnologias sustentáveis e se tornar um polo de inovação no setor de energias renováveis.
Ao se referir à relação com os Estados Unidos, Haddad também fez questão de afastar qualquer ilusão sobre a natureza dessa parceria. "Nós queremos mais parceria e não vamos cair na magia de imaginar que um governo que, com desinformação, já tomou medidas agressivas em relação ao Brasil, essa não é a história da parceria do Brasil com os Estados Unidos", afirmou, destacando que o Brasil seguirá em busca de parcerias mais robustas e produtivas, sem abrir mão de seus interesses nacionais.
