
Lançado nesta segunda-feira (30) no Palácio do Planalto, o novo Plano Safra da Agricultura Familiar 2025/2026 vai disponibilizar R$ 78,2 bilhões em crédito por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Os valores, válidos de 1º de julho até junho de 2026, representam o maior montante já destinado ao setor na série histórica.

O volume de crédito cresceu 2,89% em relação à safra anterior, que contou com R$ 76 bilhões. Segundo o governo federal, a proposta do novo plano é garantir financiamento mais acessível para quem produz os alimentos que chegam diariamente à mesa dos brasileiros.
“Além do valor recorde, conseguimos manter taxas de juros acessíveis, especialmente para a produção de alimentos essenciais, mesmo em um cenário econômico desafiador”, afirmou o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, durante a cerimônia.
Considerando todas as frentes de apoio do governo, o total de recursos direcionados aos pequenos agricultores nesta safra chega a R$ 89 bilhões — um aumento em relação aos R$ 85,7 bilhões ofertados no ciclo anterior.
Além dos R$ 78,2 bilhões do Pronaf, o pacote inclui:
R$ 3,7 bilhões em compras públicas;
R$ 5,7 bilhões para seguro agrícola pelo Proagro Mais;
R$ 240 milhões para assistência técnica;
R$ 1,1 bilhão para o programa de garantia-safra;
R$ 42,2 milhões para o PGPM-Bio, política de preços mínimos voltada a produtos da sociobiodiversidade.
As taxas de financiamento variam entre 0,5% e 8% ao ano, dependendo da linha de crédito e do perfil do agricultor. Mesmo com o aumento de até dois pontos percentuais em relação ao ciclo anterior, o governo manteve taxas reduzidas para segmentos estratégicos.
Produtores que cultivam alimentos como arroz, feijão, mandioca, frutas, verduras, leite e ovos continuam com acesso ao crédito de custeio com juros de 3% ao ano.
Já quem investe em práticas sustentáveis — como produção de orgânicos, sociobiodiversidade, agroecologia e bioeconomia — pode financiar suas lavouras com taxa ainda menor, de 2% ao ano, sem alteração em relação à safra anterior.
Investimento também mira jovens, conectividade e semiárido - Além do foco na produção sustentável, o governo também manteve juros de 3% ao ano para as linhas de investimento voltadas ao Pronaf Jovem, Pronaf Floresta, Pronaf Agroecologia, Pronaf Bioeconomia, Pronaf Convivência com o Semiárido e o Pronaf Produtivo Orientado.
Outros setores que passam a ser contemplados nas linhas de crédito incluem avicultura, ovinocultura e caprinocultura, além de ações ligadas à conectividade no campo e aquisição de equipamentos.
Com isso, o Ministério do Desenvolvimento Agrário reforça sua estratégia de ampliar o apoio a uma agricultura familiar mais moderna, sustentável e conectada, preservando o meio ambiente e assegurando a segurança alimentar das famílias brasileiras.
